Biden alerta que não hesitará em proteger liberdade de navegação no Mar Vermelho
Estados Unidos e aliados realizaram ataques contra grupo houthis na quinta-feira, 11, com objetivo de enfraquecer as capacidades militares do grupo extremista
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou uma dura mensagem aos rebeldes houthis em relação ao ataque a embarcações comerciais no Mar Vermelho. Ele disse que não hesitará em tomar medidas adicionais para proteger as tropas e a liberdade de navegação. Na quinta-feira, 11, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos e composta por Reino Unido, Bahrein, Austrália, Canadá e Holanda, realizou os ataques com o objetivo de enfraquecer as capacidades militares dos houthis, que são aliados do Irã. Essa foi a primeira ofensiva desse tipo no país desde que o grupo começou a atacar navios em rotas de navegação comercial no mar Vermelho no final do ano passado. “Que a nossa mensagem seja clara: não hesitaremos em defender vidas e proteger o livre fluxo de comércio numa das vias navegáveis mais críticas do mundo face a ameaças contínuas”, disse o líder norte-americano que explicou que a operação tem como objetivo desanuviar as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho.
Os ataques desta quinta-feira visaram uma base militar adjacente ao aeroporto de Saná, uma instalação militar próxima ao aeroporto de Taiz, uma base naval houthi em Hodeidah e espaços de uso militar na região de Hajjah. O Exército dos Estados Unidos informou que os houthis dispararam um míssil balístico em rotas de navegação internacionais no golfo de Aden, totalizando 27 ataques do grupo desde novembro. Esses ataques retaliatórios ocorrem logo após a maior ofensiva dos rebeldes até o momento, que obrigou as forças navais dos Estados Unidos e do Reino Unido a derrubar 21 drones e mísseis houthis disparados em direção ao sul do mar Vermelho.
O Ministério da Defesa britânico, James Heappey, informou que as primeiras indicações são de que a capacidade dos houthis de ameaçar o transporte marítimo comercial foi prejudicada. No entanto, autoridades dos houthis classificaram os bombardeios como uma “agressão americana-sionista-britânica” e afirmaram que esperam uma resposta. Nesta sexta-feira, 12, o Reino Unido informou que não planeja mais realizar ataques contra os houthis. O grupo extremista controla a maior parte do Iêmen em meio a uma guerra civil que causou uma das maiores crises humanitárias do mundo. Eles têm desafiado os apelos das Nações Unidas e de outros países para interromper os ataques com mísseis e drones nas rotas de navegação do mar Vermelho. Até o momento, os houthis já atacaram 27 navios, interrompendo o comércio internacional na rota-chave entre a Europa e a Ásia, que representa cerca de 15% do tráfego marítimo mundial.
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