Biden destina US$ 100 milhões em ajuda humanitária a Gaza, mas reforça que fará de tudo para Israel se defender
Em entrevista aos jornalistas, presidente dos EUA declarou que a prioridade neste momento é a libertação dos reféns, e comentou sobre o ataque ao hospital no enclave palestino que deixou 471 mortos
Em entrevista à imprensa após encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyhu, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um pacote de US$ 100 milhões em ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e Cisjordânia, além de reforçar seu apoio aos israelenses, dizendo que enquanto seu país existir, eles nunca estarão sozinhos. “Anuncio pacote de US$ 100 milhões de dólares para Gaza e Cisjordânia para ajudar os mais de um milhão de deslocados. Vocês são uma democracia como os EUA e não vivem com as regras do terrorismo, e sim com as leis internacionais”, disse o líder norte-americano, enfatizando a necessidade de separar os terroristas dos demais palestinos. Biden também disse que neste momento a prioridade principal está sendo libertar os civis feitos de reféns pelo Hamas desde o dia 7 de outubro, quando o grupo atacou Israel. Cerca de 200 pessoas foram sequestradas.
Durante sua fala, o chefe de Estado reiterou a ajuda de seu país a Israel, dizendo que vão fazer de tudo para que os israelenses tenham tudo o que precisam para se defender. “Israel nasceu para ser um lugar seguro. Se Israel não existisse, teríamos que inventar e precisamos fazer com que o país volte a ser um lugar seguro para o povo judeu”, destacou, dizendo que a guerra de agora é o dia mais triste desde o Holocausto. “Trouxe lembranças do antissemitismo contra o povo judeu, quando o mundo não fez nada, mas agora é diferente, não vamos ficar sem fazer nada”, disse. Biden comparou o ataca do Hamas com o 11 de Setembro, mas destacou que o ocorrido com Israel é 15 vezes pior do que o sofrido por seu país. Ele pediu que o povo israelense, apesar da ira que estão sentindo, sejam cautelosos quanto suas ações, para não cometerem os erros que seu país cometeu no passado.
“Hamas não representa o povo palestino, eles usam inocentes em Gaza como escudos humanos. Os pelestinos sofrem muito, sofrem a perda de seus entes queridos como o mundo inteiro”, disse Biden comentando sobre o ataque a um hospital registrado na terça-feira, 17, em Gaza, que deixou 471 mortos. Seguindo os passos do posicionamento israelense sobre o bombardeio, Biden disse que o ataque não partiu de Israel e sim e outro grupo terrorista. O presidente norte-americano defendeu a criação de corredores humanitários para a entrada de ajuda na região. Ele disse ter conversado com o gabinete de guerra de Netanyahu para encontrar alternativas para levar ajuda para região que enfrenta uma crise humanitária desde que Israel impôs cerco total na região. Biden garantiu que a ajuda enviada para os civis não vão para o Hamas, que, segundo ele, não tem preocupação com o bem-estar dos palestinos.
Enquanto Biden estava em Israel e discutia ajuda humanitária para a região, o Conselho de Segurança da ONU votava a resolução do Brasil para a guerra no Oriente Médio. Contudo, apesar de ter obtido 12 votos a favor – ele precisa de 9 – foi vetado pelos Estados Unidos, que foi o único dos 15 votos contra. Por ser um membro permanente e te rido contra, a resolução não foi aprovada. Segundo eles, no projeto brasileiro não falava sobre o direito de Israel se defender. Na segunda-feira, 16, a resolução da Rússia também tinha sido rejeitada. Os norte-americanos alegaram que não havia menção ao Hamas no projeto que foi apresentado.
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