Carnaval reúne mais de 6 mil pessoas nas ruas de Marselha, na França

A festa ilegal violou as medidas de distanciamento social e atraiu muitos jovens que não usavam máscara de proteção individual; aumento de casos de Covid-19 é esperado na cidade

  • Por Jovem Pan
  • 22/03/2021 13h20 - Atualizado em 22/03/2021 16h46
Reprodução Twitter EuropeanUnionC Carnaval de rua ilegal em Marselha, na França, atrai 6.500 pessoas em meio à pandemia do novo coronavírus A multidão foi dispersada no final do dia, quando alguns participantes começaram a vandalizar construções da cidade no sul do país

Mais de seis mil pessoas participaram de uma festa de rua ilegal em Marselha, no sul da França, neste domingo, 21. A celebração, que foi uma espécie de Carnaval, atraiu principalmente jovens frustrados com o fechamento dos bares e baladas durante a pandemia do novo coronavírus. Apesar da cidade não estar entre as localidades do país que retomaram as medidas de lockdown neste sábado, 20, o evento violou uma série de medidas de prevenção contra a Covid-19 que continuam em vigor em toda a França, como o distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras de proteção individual. Por esse motivo, nove pessoas foram presas e seis, multadas. De acordo com o porta-voz do Ministério do Interior, a multidão foi dispersada de forma pacífica às 18h, apesar de um policial ter sido ferido e alguns grupos terem vandalizado construções do centro.

O prefeito de Marselha, Benoit Payan, afirmou estar “indignado” com o evento. O presidente da região da Provence, Renaud Muselier, também condenou a festa de rua. “No meio de uma crise sanitária, depois de uma luta de um ano de nossos profissionais de saúde diante da Covid-19, as imagens que saem do Carnaval de Marselha são vergonhosas. A impaciência para voltar a uma vida normal não desculpa essas ações descuidadas — colocar a vida das outras pessoas em risco não é aceitável!”, escreveu Muselier em seu perfil no Twitter. Alain Fischer, encarregado pela vacinação na França acrescentou que o evento também pode resultar em mais casos e mortes causadas pela Covid-19.

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