França anuncia novo lockdown para conter 3ª onda de Covid-19

A medida, que afetará um terço da população, determina o fechamento do comércio considerado não essencial e proíbe o deslocamento entre regiões por pelo menos quatro semanas

  • Por Jovem Pan
  • 18/03/2021 16h37
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EFE/EPA/Mohammed Badra Homem usa máscara ao descer escadaria em Paris, na França Paris, que vive uma situação sanitária crítica, está entre as cidades da França que ficarão sob lockdown nas próximas quatro semanas

A França anunciou nesta quinta-feira, 18, novas restrições para conter a terceira onde de contaminações pelo novo coronavírus, que já atinge boa parte da Europa. A partir da meia-noite desta sexta-feira, 19, os comércios não essenciais serão fechados e os deslocamentos serão proibidos em 16 regiões do país. As medidas, que afetam um terço de toda população, valerão por pelo menos quatro semanas, mas foram consideradas menos rígidas do que as dos lockdowns de 2020. Dessa vez, os cidadãos terão permissão de sair para praticar atividades físicas em uma distância limite de dez quilômetros das suas casas, sendo que anteriormente o máximo permitido era de um quilômetro. Além disso, o toque de recolher foi flexibilizado e começará uma hora mais tarde, indo portanto das 19h às 6h.

A França já vinha sendo pressionada a implementar restrições para a terceira onda de casos de Covid-19. Só no último domingo, 14, o Ministério da Saúde registrou 26.343 novos casos da doença. A situação é especialmente crítica em Paris, onde as unidades de terapia intensiva estavam mais de 95% ocupadas nesta segunda-feira, 15. Por causa da lotação, o governo teve que evacuar alguns pacientes para outras partes do país em aviões especiais. “A cada doze minutos, noite e dia, um parisiense é internado em um leito de UTI”, ilustrou o ministro da Saúde, Olivier Verán. O governo relutava em adotar mais um lockdown porque temia as consequências psicológicas e econômicas da medida. Só a capital parisiense, cujo comércio essencial permanecerá fechado nas próximas semanas, representa 30% do PIB francês.

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