Celulares de Macron, Barham Salih e outros políticos podem ter sido alvos de espionagem, dizem jornais
Lista inclui nome de presidentes e primeiros-ministros; assessores do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) também foram monitorados
Os celulares de vários presidentes e primeiros-ministros estão entre os alvos de possível espionagem pelo sistema israelense Pegasus. Uma investigação feita em conjunto por 17 organizações de mídia internacionais divulgou nesta segunda-feira, 19, que a tecnologia foi utilizada por pessoas de 10 países diferentes para investigar milhares de jornalistas, empresários e até mesmo chefes de Estado em mais de 40 países desde o ano de 2016. Nesta terça-feira, 20, o New York Times e o The Washington Post divulgaram nomes que aparecem na lista de alvos de espionagem. Entre eles estão os presidentes da França, Emmanuel Macron, do Iraque, Barham Salih, do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, além do rei do Marrocos, Mohammed IV. Também estão na lista os primeiros ministros do Paquistão, Imram Khan, do Marrocos, Saad-Eddine El Othmani e do Egito, Mostafa Madbouly.
A investigação também encontrou os nomes dos ex-primeiros-ministros de Uganda, Ruhakana Rugunda, da Itália, Romano Prodi, da Bélgica, Charles Michel, e do Líbano, Saad Hariri, e o ex-presidente do México, Felipe Calderón. Segundo o The Washington Post, o governo do Marrocos monitorou Macron, 14 ministros franceses, o rei Mohammed IV e o ex-ministro Prodi, além de assessores do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. As autoridades marroquinas, no entanto, negam as acusações. Ainda segundo o jornal, o governo de Ruanda teria planejado espionar os telefones do presidente da África do Sul e do premier do Burundi. O chanceler do país, Vincent Buruta, disse que Ruanda não tem capacidade para isso.
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