Centro e esquerda se unem para frear a direita nas eleições da França

Mais 200 candidatos se retiram das legislativas; segundo turno acontece neste domingo (7)

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2024 20h36
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MOHAMMED BADRA/EFE/EPA Líder do partido francês de extrema direita Rassemblement National (RN, Frente Nacional) Jordan Bardella dá uma conferência de imprensa antes das eleições legislativas Líder do partido francês de extrema direita Rassemblement National (RN, Frente Nacional) Jordan Bardella

Mais de 200 candidatos a deputado que passaram para o segundo turno das eleições legislativas na França, marcado para domingo (7), retiraram suas candidaturas, em sua maioria para tentar impedir uma maioria absoluta da direita nacional. Das 214 renúncias registradas, 127 são de candidatos de esquerda e 81 da aliança de Macron. Candidatos de outros partidos também desistiram, inclusive dois do RN por outros motivos. O prazo para confirmação das candidaturas terminou às 18h (13h de Brasília). O ultradireitista Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, e seus aliados venceram o primeiro turno em 30 de junho com um terço dos votos e podem, segundo as projeções, alcançar uma maioria absoluta de 289 deputados. Diante desse cenário, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a aliança de centro-direita do presidente Emmanuel Macron reativaram a chamada “frente republicana”, com o objetivo de isolar a direita nacional e impedir sua vitória em cada circunscrição.

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O candidato ultradireitista a primeiro-ministro, Jordan Bardella, denunciou “alianças de desonra” e pediu aos eleitores uma maioria absoluta “frente à ameaça existencial para a nação francesa” que, em seu julgamento, a coalizão de esquerda representa. O sistema eleitoral francês para a votação nas quais 577 deputados são eleitos em círculos eleitorais com um sistema majoritário de dois turnos, a alta participação e a dispersão do voto abriu o caminho para mais de 300 segundos turnos com três candidatos ou mais. Diante a possibilidade de que algum dos outros blocos consiga a maioria absoluta na Assembleia Nacional (Câmara Baixa), e o RN não conseguir, a ideia de uma “grande coalizão” começa a surgir no debate público na segunda economia da União Europeia. A França Insubmissa (LFI, esquerda radical) – partido considerado “extremista” por parte do governismo e membro da coalizão de esquerda – descartou nesta terça-feira (2), segundo seu líder Manuel Bombard, participar de uma eventual grande coalizão.

*Com informações da AFP

 

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