Com aumento dos casos de Covid-19, Alemanha e França entram em novo lockdown

A decisão foi tomada após países registraram números recordes de novas infecções em 24 horas; tanto o governo francês quanto o alemão determinou que escolas permanecerão abertas

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2020 16h38 - Atualizado em 28/10/2020 16h56
EFE/EPA/FILIP SINGER / POOL Angela Merkel retira máscara antes de uma videoconferência para tratar da situação do coronavírus no país

Em uma nova tentativa de conter a propagação do coronavírus na Alemanha, a chanceler Angela Merkel definiu nesta quarta-feira (28) que o país entrará em um lockdown parcial. As medidas, que entrarão em vigor nesta sexta-feira (30) e terão uma duração mínima de quatro semanas, incluem a interrupção de todas as atividades esportivas em espaços cobertos, o fechamento de bares e restaurantes e a suspensão de atividades de lazer e eventos culturais. O acordo prevê uma compensação econômica aos setores que forem afetados pela medida. Já os estabelecimentos comerciais e as escolas permanecerão abertos.

A decisão foi tomada depois que o Instituto Robert Koch, agência epidemiológica do governo da Alemanha, reportou que o país registrou um número recorde de novas infecções pelo coronavírus em 24 horas. No último dia, foram reportados 14 964 novos casos de Covid-19, elevando o total desde o início da pandemia para 463 157. Segundo o governo alemão, no momento os hospitais têm número de leitos suficiente para lidar com os contaminados, mas existe um temor de que a ocupação se torne um problema nas próximas semanas. “Nós devemos agir, e agora, para evitar uma emergência nacional de saúde aguda”, declarou Merkel.

O anúncio do lockdown na França, que também se iniciará na sexta-feira (30), foi feito na sequência pelo presidente Emmanuel Macron. Nesse país, mais da metade dos leitos de UTI já estão ocupados por pacientes infectados pelo coronavírus e, por isso, as pessoas só poderão deixar as suas casas por razões específicas relacionadas a trabalho ou saúde. Além disso, elas terão que apresentar um formulário justificando sua saída. Os estabelecimentos não essenciais, como bares e restaurantes, deverão fechar, mas escolas e fábricas continuarão abertas. Os casos de Covid-19 no país estão em seu nível mais alto desde abril: só na terça-feira (27), foram confirmados 33 000 novos casos.

A Alemanha e a França não são as únicas a tomarem medidas para conter a segunda onda de coronavírus na Europa. A Bélgica, que é atualmente o país mais afetado de todo o continente, também interrompeu atividades culturais e esportivas em suas regiões mais afetadas e está aplicando um toque de recolher noturno. Medidas de restrição na circulação de pessoas também foram impostas na Espanha e na Itália. Neste sábado (24), o mundo bateu pelo terceiro dia consecutivo o recorde no número de novas contaminações pelo coronavírus registradas em 24 horas. Dos 465 mil novos casos reportados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quase metade eram da Europa, que já possui um número de notificações por dia sete vezes maior do que no pico da primeira onda, entre março e abril.

*Com informações de agências internacionais

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