Indicado de Biden para chefiar CIA promete acirrar concorrência com a China

O candidato vinculou essa competição à necessidade da agência investir em novas tecnologias para aperfeiçoar suas técnicas de coleta e análise de inteligência

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2021 19h39 - Atualizado em 24/02/2021 20h14
EFE/EPA/OFFICE OF THE PRESIDENT ELECT Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden Indicado por Biden passou por audiência no Senado

Indicado pelo presidente americano, Joe Biden, para chefiar a Agência Central de Inteligência (CIA), William Burns prometeu nesta quarta-feira, 24, acelerar os esforços para competir com a China, que, em sua visão, representa uma adversária autoritária aos Estados Unidos. “Vencer a concorrência com a China será fundamental para a segurança nacional nas próximas décadas. A liderança antagônica e predatória da China é nosso maior desafio geopolítico”, declarou Burns em sua audiência de confirmação diante do Comitê de Inteligência do Senado.

A relação entre EUA e China se deteriorou durante o mandato do ex-presidente americano Donald Trump, encerrado em 20 de janeiro. Espera-se que as tensões continuem sob o comando de Biden, que pediu para concentrar recursos no que ele descreve como uma “competição estratégica de longo prazo” contra Pequim. “A China é uma adversária particularmente formidável em termos de aumentar metodicamente sua capacidade de roubar propriedade intelectual, de reprimir seu próprio povo, de intimidar seus vizinhos, de expandir seu alcance global e de influenciar a sociedade americana”, criticou Burns, que continuou: “Para a CIA, isso significa que teremos que intensificar nosso foco e senso de urgência”, acrescentou.

O candidato a chefiar a CIA vinculou essa competição com os chineses à necessidade de a agência investir em novas tecnologias para aperfeiçoar suas técnicas de coleta e análise de inteligência e defendeu o recrutamento de especialistas na China para melhorar o conhecimento em mandariam e dedicar mais recursos para a repescagem. “A CIA terá que afiar incessantemente seus mecanismos para entender como nossos adversários usam ferramentas cibernéticas e tecnológicas; antecipar, detectar e impedir seu uso; e manter uma vantagem no desenvolvimento delas”, concluiu.

*Com informações da EFE

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