Elon Musk compra Twitter e demite quatro executivos do alto escalão, aponta imprensa americana

Bilionário alegou que finalizou a negociação ‘para ajudar a humanidade, não para ganhar dinheiro’

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2022 05h40 - Atualizado em 28/10/2022 08h09
Brendan Smialowski/AFP - 09/03/2020 Elon Musk, fundador da SpaceX, fala durante o Satellite 2020 no Washington Convention Center em Washington, DC. Bilionário Elon Musk se torna dono do Twitter

O bilionário Elon Musk comprou o Twitter, e sua primeira medida foi demitir quatro dos principais executivos da empresa, incluindo o CEO, Parag Agrawal, segundo informou a imprensa americana nesta quinta-feira, 27. Os outros três executivos demitidos são o chefe financeiro do Twitter, Ned Segal; a responsável jurídica e de políticas, Vijaya Gadde, e o principal advogado da empresa, Sean Edgett. Os jornais “The New York Times” e “The Washington Post” e a emissora “CNN” citaram fontes anônimas próximas à negociação. Segundo a imprensa americana, pelo menos um dos executivos demitidos foi escoltado por membros da segurança até o lado de fora da sede do Twitter em São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos. Algumas horas antes, Musk havia confirmado que iria concretizar a compra da rede social e disse que estava fazendo isso “pelo futuro da civilização”, quando faltavam pouco mais de 24 horas para que expirasse o prazo que uma juíza havia lhe dado para abrir um processo caso a compra não fosse formalizada.

O dono da Tesla e da SpaceX emitiu uma mensagem através da própria rede social destinada aos “anunciantes” do Twitter na qual tentou explicar os motivos que o levaram a comprar a rede social. “É importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum onde um amplo espectro de crenças possa ser debatido de forma saudável”, escreveu. O magnata opinou que o Twitter “não pode se tornar um inferno gratuito para todos, onde qualquer coisa pode ser dita sem consequências”, mas deve “respeitar as leis”. Musk reconheceu em sua mensagem que as redes sociais correm o risco de aumentar a polarização da opinião pública entre a extrema-direita e a extrema-esquerda, algo em que a mídia tradicional também caiu, e que quer contribuir para superar esse risco “para ajudar a humanidade”, e “não para ganhar dinheiro”. Além disso, anunciou que a publicidade terá um lugar relevante na rede social a partir de agora. Afirmou que os anúncios, “se forem bem compreendidos, podem entreter, agradar e informar” o usuário, explicando-lhe, por exemplo, que há um novo tratamento médico. “Fundamentalmente, o Twitter espera se tornar a plataforma de publicidade mais respeitada do mundo que fortalecerá suas marcas e expandirá sua empresa. Construamos juntos algo extraordinário”, concluiu.

*Com informações da EFE

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