Erupção do vulcão Cumbre Vieja não terminará a curto ou médio prazo, diz governo das Canárias
Mais de 17 mil toneladas de dióxido de enxofre são liberadas por dia e média que sinalizaria diminuição da atividade vulcânica é de 100 toneladas
Após quase um mês de atividade constante, os dados de emissões de dióxido de enxofre, deformação do solo e sismicidade do vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, nas Ilhas Canárias, sinalizam que não há previsão de curto ou médio prazo para que a erupção termine. A informação foi dada pela porta-voz do Plano de Prevenção de Riscos Vulcânicos das Ilhas Canárias (Pevolca), María José Blanco. Segundo o Pevolca, nesta quarta-feira, 13. De acordo com ela, uma nuvem de gases com 3 mil metros de altura libera mais de 17 mil toneladas de dióxido de enxofre por dia. A média que sinalizaria a proximidade do fim da erupção é de 100 toneladas por dia.
A face norte do cone do vulcão desabou no último sábado, o que criou nova saída de lava em algumas localizações da ilha. O fluxo constante avança lentamente, mas causou a evacuação de mais 800 pessoas da região de Los Llanos de Aridane nesta terça-feira. Uma das maiores preocupações dos cientistas no momento é a possível queda do delta lávico (acúmulo do magma que caiu no mar) para profundidade maiores do oceano. Se isso ocorrer, ondas de água fervente e a liberação de gases tóxicos podem ser registradas na ilha. Zonas de exclusão são mantidas no ponto de encontro da lava com o oceano e nos arredores do Cumbre Vieja.
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