Vulcão Cumbre Vieja expele chafarizes de lava que chegam ao tamanho de prédios; veja vídeos

Fluxo de rocha derretida segue intenso e não dá sinais de arrefecer após parte do cume desabar

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2021 17h01
Miguel Calero / EFE Erupção do vulcão Cumbre Vieja Três semanas após começar, derramamento de lava não dá qualquer sinal de arrefecer

Três semanas após começar a erupção do vulcão Cumbre Vieja, localizado nas Ilhas Canárias, território da Espanha no Oceano Atlântico, não há qualquer sinal de diminuição da atividade. Neste domingo, a lava expelida pela montanha foi tão grande quanto prédios de três andares e diversos tremores de terra de baixa magnitude atingiram o local – o maior deles foi de 3,8 pontos na escala Richter. Seis mil pessoas foram evacuadas e ninguém morreu ou se feriu por conta do derramamento de lava, mas cerca de 1.100 edifícios e ao menos 30km de estradas foram destruídos, com casas, fazendas, piscinas e edifícios industriais na área predominantemente agrícola consumidos.

A erupção começou no último dia 19 de setembro e ganhou força com o colapso de parte do cone vulcânico no último domingo, 3, o que aumentou o fluxo de lava. Especialistas do governo estimaram que o maior dos fluxos de lava mede 1,5 km em seu ponto mais largo, enquanto o delta da nova terra que está sendo formada onde a lava está fluindo para o Atlântico chegou a uma superfície de 34 hectares. O encontro da lava com o oceano também levanta preocupações com a emissão de gases tóxicos, o que levou as autoridades espanholas a determinar mudanças na navegação local. O comitê científico que assessora o governo disse que se o delta continuar a crescer em direção ao mar, partes dele podem se quebrar. Isso geraria explosões, emissões de gases e grandes ondas, embora não causem riscos para quem estiver fora da zona de exclusão criada pelas autoridades.

“Não podemos dizer que esperamos que a erupção que começou há 21 dias termine em breve”, disse Julio Pérez, o ministro regional da Segurança nas Ilhas Canárias. No entanto, o governo local tenta incentivar a retomada do turismo, uma das bases da economia local junto com o plantio de bananas-da-terra das Canárias. “Esta erupção está afetando uma parte da ilha, mas La Palma ainda é um lugar seguro e pode oferecer muito a quem a visita”, disse Mariano Hernández, principal autoridade da ilha.

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.