Espanha se junta à lista de países que suspenderam uso da vacina da AstraZeneca

Decisão está relacionada aos casos de trombose registrados em diferentes países da Europa; Agência Europeia de Medicamentos divulgará suas conclusões sobre o assunto na próxima quinta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 15/03/2021 17h24
EFE/ Kai Försterling Frascos da vacina contra a Covid-19 produzida pela AstraZeneca Mais cedo no mesmo dia, Alemanha, França e Itália também anunciaram que parariam de administrar doses da vacina da AstraZeneca

A Espanha decidiu suspender o uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford por 15 dias ou até que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) determine se o imunizante está relacionado aos casos de trombose registrados em vários países europeus. Em entrevista coletiva, a ministra da Saúde, Carolina Darias, afirmou que a Espanha contabilizou um único caso de problemas de coagulação do sangue entre as pessoas que já receberam mais de 900 mil doses da chamada “vacina de Oxford“, de forma que a relação “risco-benefício” continua positiva. A diretora da Agência Espanhola de Medicamentos, María Jesús Lamas, acrescentou que o paciente que apresentou tal reação adversa está se recuperando. A EMA anunciou que divulgará suas conclusões sobre o assunto na próxima quinta-feira, 18, mas mantém, por enquanto, a recomendação positiva de uso do imunizante.

Horas antes, AlemanhaFrança e Itália também anunciaram que vão parar de administrar as doses da AstraZeneca. Anteriormente, IrlandaIslândiaBulgária e Holanda já tinham paralisado o uso desse imunizante, enquanto Áustria, EstôniaLetôniaLituânia e Luxemburgo retiraram um lote específico de circulação. Tanto a AstraZeneca quanto a Universidade de Oxford afirmaram que não existe relação entre a sua vacina e os problemas de coagulação do sangue. A companhia apontou que os 15 casos de trombose venosa profunda e os 22 casos de embolia pulmonar relatados até agora são numericamente muito inferiores “ao que seria esperado que ocorresse naturalmente na população em geral”.

*Com informações da EFE

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