Estado Islâmico reivindica ataque a mercado em Bagdá que deixou mais de 20 mortos
Atentado aconteceu na véspera da Festa do Sacrifício, quando muçulmanos compram cabeças de gado ou carne para comemorar
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo atentado que nesta segunda-feira, 19, deixou pelo menos 25 mortos e 60 feridos em um mercado em um bairro de maioria xiita de Bagdá, capital do Iraque, um dia antes do Eid al-Adha ou Festa do Sacrifício, quando muçulmanos compram cabeças de gado ou carne para comemorar. Em nota divulgada por meio de seus canais de propaganda no Telegram, o grupo radical afirmou que um homem-bomba detonou seu colete explosivo no meio de uma congregação de “renegados”, como o EI chama os muçulmanos xiitas, causando 30 mortes e deixando 35 feridos. No entanto, uma fonte da polícia iraquiana informou anteriormente à Agência Efe que há 25 mortos e cerca de 60 feridos como resultado da explosão de uma bomba de fabricação caseira.
A explosão ocorreu em um mercado localizado no populoso bairro de Sadr City, no leste de Bagdá e com maioria xiita, um reduto dos seguidores do influente clérigo Moqtada al-Sadr e que foi alvo de inúmeros ataques nos últimos anos em nas mãos de grupos radicais sunitas. Ações desse tipo são comuns durante os feriados muçulmanos, embora tenham sido menos frequentes desde a derrota militar do EI em 2017, mas o grupo ainda tem presença e capacidade de realizar ataques, inclusive na capital. O Conselho de Ministros iraquiano convocou uma reunião de emergência na noite desta terça-feira para abordar esse novo ataque, o mais mortal desde janeiro deste ano, quando 32 pessoas morreram e outras 110 ficaram feridas em um ataque suicida na praça central de Al Tayaran, em Bagdá.
*Com informações da EFE
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