Estados Unidos registra mais de 140 mil novos casos de Covid-19 em 24 horas

Número total de casos no país é de 10.384.543 e o número de óbitos é de 240.857

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2020 00h33
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EFE/EPA/JUSTIN LANE/Archivo Casos e mortes por Covid-19 tem crescido exponencialmente nos EUA

Os casos diários de coronavírus nos Estados Unidos atingiram um recorde de 140 mil nesta quarta-feira, 11, com aumentos em todos os estados, enquanto o número de mortes passou de 240 mil. De acordo com os últimos números compilados pela Universidade Johns Hopkins, a partir das 20 h local (22h de Brasília), os casos de infecção pela Covid-19 chegaram a 10.384.543 nos EUA, e o número de óbitos é de 240.857. A subida do número de casos está pressionando os sistemas de saúde de muitos estados para o limite, o que poderia levar a mais mortes à medida que os centros de saúde fiquem sem capacidade de tratar novos pacientes.

No ranking mundial de contágio, os EUA é o primeiro e o segundo lugar é da Índia, com 8.636.011, enquanto que as vítimas no país asiático foram 127.571, contra 162.802 no Brasil, o terceiro maior número de casos, com 5.699.005. De acordo com o Covid Tracking Project, os Estados Unidos também estão registrando um aumento sem precedentes nas hospitalizações por Covid-19 em todo o país, com 61.964 nas últimas 24 horas, mais do que em qualquer outro momento durante a pandemia. Isso significa que agora há 40% mais pessoas internadas com a doença do que há duas semanas, segundo a organização, que coleta dados de todas as instituições públicas, o que sugere que o aumento de mortes continuará nas próximas semanas.

“Hoje estabelecemos novos recordes para casos de Covid-19 e hospitalizações em um único dia. Tivemos também o maior número de mortes em meses”, tuitou o diretor de saúde global da Escola de Medicina da Universidade de Columbia, em Washington, Craig Spencer. O pico de mortes devido à pandemia no país foi registrado entre 7 e 22 de abril, com uma média de pouco mais de 2 mil por dia, mas o especialista previu que os próximos meses serão “difíceis e dolorosos”. Especialistas há muito tempo haviam advertido que durante o outono e o inverno poderia haver um aumento do contágio e de mortes nos EUA, pois o frio e as chuvas forçam as pessoas a reduzirem a ventilação dentro de casa, o que favorece a propagação do vírus.

Outro fator que os especialistas citam para esse aumento é o que eles chamam de “fadiga pandêmica“, que leva as pessoas a baixarem a guarda em relação às medidas de prevenção de infecções, como manter o distanciamento ou usar máscaras de proteção. Os maiores aumentos nos casos estão ocorrendo nos estados do Meio Oeste, como Dakota do Norte, Dakota do Sul, Iowa, Wyoming, Wisconsin e Nebraska, todos com mais de 100 casos por 100 mil habitantes. De acordo com o Covid Tracking Project, na última semana esses estados tiveram aumentos em casos de 17% ou mais, enquanto em pouco mais da metade dos estados restantes houve aumentos percentuais de dois dígitos. E em 17 deles o número de hospitalizações atingiu níveis recordes, especialmente no Centro-Oeste.

Scott Gottlieb, que serviu como chefe da Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA) durante o governo de Donald Trump até abril de 2019, quando foi demitido, alertou hoje no Twitter sobre o perigo representado pela pressão sobre o sistema de saúde pelo aumento das internações causadas pela pandemia. “A velocidade do aumento das hospitalizações devido à Covid é talvez a observação mais sinistra das tendências recentes”, destacou Gottlieb, que aconselha os estados sobre a resposta à pandemia e prevê “um período trágico de aumento das mortes”. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) reiterou nesta terça-feira as recomendações de usar máscaras. “Ela protege você, não apenas aqueles ao seu redor”, afirmou o órgão nas redes sociais.

*Com informações da EFE

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