Estados Unidos tiram rebeldes do Iêmen da lista de grupos terroristas
A classificação anterior não havia afetado os Houthis de maneira prática, mas impediu a entrega de alimentos e outras ajudas cruciais ao país do Oriente Médio
Os Estados Unidos vão retirar os Houthis, movimento político do Iêmen, da sua lista de grupos terroristas, revertendo assim uma decisão tomada pelo ex-presidente Donald Trump em seus últimos dias na Casa Branca. O governo de Joe Biden considera que a designação aumentou a crise humanitária no país do Oriente Médio, considerada a pior do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU). “A inclusão na lista de grupos terroristas não havia afetado os Houthis de maneira prática, mas impediu a entrega de alimentos e outras ajudas cruciais dentro do Iêmen e impediu uma negociação política eficaz”, destacou o senador democrata Chris Murphy. De acordo com a ONU, cerca de 80% da população do Iêmen necessita de algum tipo de auxílio para cobrir suas necessidades básicas.
O Iêmen é palco para um conflito armado entre os Houthis, que recebem o apoio do Irã, e a coalisão árabe, liderada pela Arábia Saudita. Os Estados Unidos vinham apoiando a Arábia Saudita desde 2015, mas nesta sexta-feira, 6, o novo governo de Joe Biden anunciou a suspensão do apoio à coalisão árabe, o fim das vendas de armas para a Arábia Saudita e para os Emirados Árabes e a retirada dos Houthis da lista de grupos terroristas.
*Com informações da EFE
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