Estudo mostra que 3ª dose da vacina de Oxford e maior tempo entre aplicações aumentam imunidade

Documento foi publicado em revista médica nesta segunda-feira, 28, e mostra “pré-impressão” sobre os resultados iniciais

  • Por Jovem Pan
  • 28/06/2021 17h49 - Atualizado em 28/06/2021 18h12
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Luis Lima Jr./Estadão Conteúdo Enfermeira segurando seringa. Ao fundo, logo da AstraZeneca Estudo observa que aplicação da terceira dose com intervalo de seis meses aumenta os anticorpos

Uma terceira dose da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 gera um “forte” reforço imunológico contra o coronavírus e suas novas variantes, de acordo com um estudo preliminar publicado nesta segunda-feira, 28, na revista médica “The Lancet”. Os resultados iniciais desta pesquisa, publicados como “pré-impressão” (ou seja, ainda não sujeitos à revisão externa por outros especialistas), também refletem que o adiamento da segunda dose por mais semanas pode ser benéfico no caso da AstraZeneca. O estudo, desenvolvido pela Universidade de Oxford, aponta que, quando o intervalo entre as duas primeiras doses é de 45 semanas (cerca de dez meses), os níveis de anticorpos são até quatro vezes mais elevados do que com um período de 12 semanas. De acordo com a pesquisa, os níveis de anticorpos permanecem elevados em relação à linha de base por pelo menos um ano após uma única dose, representando uma resposta imunológica “robusta e duradoura”, segundo Mene Pangalos, diretor da AstraZeneca.

Além disso, o estudo observa que aplicar uma terceira dose pelo menos seis meses depois tende a aumentar os anticorpos em seis vezes, além de oferecer maior imunidade contra as variantes alfa (detectada pela primeira vez no Reino Unido), beta (na África do Sul) e delta (na Índia). No entanto, os autores do estudo observam que “ainda não se sabe se as injeções de reforço serão necessárias”, seja em resposta à imunidade diminuída ou para fortalecer a proteção contra as variantes de risco. Em relação aos efeitos adversos da vacina da AstraZeneca, resultados preliminares de pesquisas indicam que são “bem toleradas”, com incidência menor após a segunda e terceira doses do que após a primeira.

*Com informações da EFE

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