EUA e China estão ‘muito perto’ de alcançar acordo sobre o TikTok

No segundo dia de negociações, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, garantiu que ‘caso não seja possível chegar a um entendimento sobre a plataforma’ a ‘relação geral entre os dois países não será afetada’ 

  • 15/09/2025 08h58
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EFE O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em sua reunião com o vice-primeiro-ministro chino chino He Lifeng, neste domingo em Madrid. Se trata da quarta rodada de negociações comerciais que acontecem na EEUU e na China, depois das reuniões em Ginebra, Londres e Estocolmo, e está previsto que se prolongue até 17 de setembro. OBRIGATÓRIO)*** O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em reunião com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng 

Estados Unidos e China estão “muito perto” de alcançar um acordo sobre o TikTok, afirmou nesta segunda-feira (15) o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, no segundo dia de negociações comerciais entre os dois países em Madri. A agenda inclui dois temas que estão entre os mais delicados na relação bilateral: a ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas elevadas às importações chinesas e a exigência de Washington para que o TikTok seja vendido a um proprietário não chinês sob pena de ser proibido nos Estados Unidos.

“Sobre o acordo do TikTok, estamos muito perto de resolver o problema”, disse Bessent aos jornalistas ao entrar na sede do Ministério das Relações Exteriores na capital espanhola, onde as discussões acontecem desde domingo. “Se não chegarmos a um acordo sobre o TikTok, isso não afeta a relação geral entre os dois países, que é boa”, garantiu. As negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo foram retomadas nesta segunda-feira no ministério espanhol, no centro de Madri, um dia após o início do novo ciclo de discussões que buscam reduzir as divergências em comércio e tecnologia que abalaram as relações. As delegações são lideradas por Bessent e pelo vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng. Os contatos devem prosseguir até quarta-feira.

Suspeitas chinesas sobre a Nvidia

Em um sinal de que as tensões bilaterais não estão diminuindo, Pequim acusou nesta segunda-feira o grupo americano de chips Nvidia de violar suas leis antimonopólio e anunciou uma “investigação exaustiva”. “Após uma investigação preliminar, foi determinado que a Nvidia Corporation violou a lei antimonopólio da República Popular da China”, afirmou a Administração Estatal para Regulamentação do Mercado em um comunicado, sem especificar as violações. A agência reguladora chinesa acrescentou que aprofundará a “investigação preliminar” que havia iniciado em dezembro sobre a Nvidia.

Os resultados financeiros da Nvidia publicados no mês passado geraram preocupações sobre suas atividades na China, no alvo de Washington em um contexto de tensões comerciais e geopolíticas. A empresa com sede na Califórnia, líder mundial na produção de semicondutores para IA, se viu no meio das tensões comerciais entre China e Estados Unidos. Washington, de fato, restringe os chips que a Nvidia pode exportar para o território chinês por motivos de segurança nacional. No fim de semana, a China também iniciou investigações sobre o setor de semicondutores nos Estados Unidos.

China e Estados Unidos trocam acusações sobre agravar as tensões comerciais que levaram as partes a impor, nos últimos meses, tarifas que chegaram a alcançar três dígitos. Desde então, Washington e Pequim chegaram a um acordo para reduzir as tensões e diminuíram temporariamente as tarifas para 30% por parte dos Estados Unidos e 10% do lado da China. Em agosto, os países adiaram a retomada das tarifas mais elevadas por 90 dias, até 10 de novembro.

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O Ministério do Comércio de Pequim pediu na sexta-feira que Washington “trabalhe com a China com base no respeito mútuo e consultas iguais, para resolver preocupações mútuas por meio do diálogo e encontrar uma solução para o problema”, segundo um comunicado. As reuniões em Madri poderiam estabelecer as bases para uma possível cúpula entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, antes do fim do ano.

*Com informações da AFP 

 

 

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