EUA recuperam restos de balão chinês derrubado e descartam devolução à China
Embarcação da Marinha americana inspeciona área onde caíram partes do balão
Os Estados Unidos recuperaram nesta segunda-feira, 6, os primeiros restos do balão chinês derrubado no último sábado, 4, e descartaram devolvê-los ao país asiático. A informação foi divulgada pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby. De acordo com ele, equipes mobilizadas na costa da Carolina do Sul “resgataram alguns detritos da superfície do mar”. No entanto, as condições meteorológicas não permitiram realizar operações submarinas para localizar outros restos do balão. Kirby reforçou que os Estados Unidos “não têm intenção ou planos de devolver” os restos às autoridades chinesas. Uma embarcação da Marinha americana inspeciona a área onde caíram os restos do balão, que tinha cerca de 60 metros de altura e transportava uma espécie de cesta de mais de uma tonelada, disse o general Glen VanHerck, chefe do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad). O balão sobrevoou o espaço aéreo americano por dias e aumentou a tensão entre os dois países, em particular no que diz respeito a Taiwan, que o governo chinês considera parte de seu território e cujo controle pretende recuperar em breve, inclusive com o uso da força se necessário. Anthony Blinken, secretário de Estado americano, cancelou visita ao país asiático devido ao incidente diplomático. A China confirmou que o dispositivo pertence ao governo de Pequim, mas alega que se trata de uma pesquisa científica. Segundo os chineses, o balão tinha se desviado da rota por causa do vento. A justificativa não foi aceita por Washington, que afirma se tratar de um objeto de espionagem.
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