EUA têm aumento de 121% em casos de Covid-19 com maioria das infecções em áreas pouco vacinadas

Diretora do Centro de Controle de Doenças do país afirmou que país vive ‘epidemia de não vacinados’, maior parte deles levada pela falta de informação

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2021 16h10
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EFE/EPA/JUSTIN LANE pessoa sendo testada em nova york Número de novos infectados nos EUA aumentou nas últimas semanas

Um boletim epidemiológico divulgado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos nesta sexta-feira, 16, mostrou que o país registrou um aumento de 121% em novos casos e 9% nas mortes causadas pela Covid-19 nas últimas duas semanas. O aumento ocorreu em todos os 50 estados do país, mas foi maior em regiões com baixas taxas de imunização, como é o caso do Arkansas, que tem apenas 35,1% da população imunizada e vê os hospitais operando em capacidade máxima nos últimos 10 dias. O estado de Missouri, que teve 40% da população aderindo à imunização, solicitou ajuda federal para criar um espaço de acolhimento para pessoas com a forma mais severa da doença. “Essa está virando uma pandemia de pessoas não vacinadas. Nós estamos vendo muitos casos em partes do país que têm baixa taxa de vacinação porque as pessoas não vacinadas estão em risco”, disse a diretora do CDC, Rochelle Walenski, em coletiva de imprensa realizada nesta sexta.

Em Los Angeles, mesmo sem a chancela do CDC, o governo passou a exigir a utilização de máscaras dentro de locais fechados para tentar diminuir as contaminações, que também são ligadas à predominância da variante Delta da doença, mais contagiosa do que outras cepas e responsável por mais da metade dos novos casos do país. Pesquisas locais mostram que 90% das pessoas que dizem que não vão se vacinar citam informações falsas sobre os imunizantes como motivo da recusa. Ao contrário da maioria das nações do continente americano, os EUA têm livre distribuição dos imunizantes e chegaram a criar campanhas de incentivo para aqueles que recebessem a vacina. Na última semana, a média diária de novos casos foi de 28,3 mil e a de mortes foi de 280. O país, que chegou a ter 250 mil novos casos diários em janeiro, tem 34 milhões de casos e 608 mil mortes confirmadas desde o início da pandemia.

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