EUA vão pedir a Israel ‘medidas concretas’ para preservar civis na Faixa de Gaza

Chefe da diplomacia norte-americana defendeu que se evite uma escalada bélica no Oriente Médio

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2023 19h21
Jacquelyn Martin / POOL / AFP antony blinken EUA Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fala durante uma conferência de imprensa

O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, afirmou nesta quinta-feira, 2, que pedirá a Israel “medidas concretas” para evitar mortes de inocentes na Faixa de Gaza. Além disso, na véspera do encontro com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o represente norte-americano defendeu que se evite uma escalada bélica no Oriente Médio. “Vamos falar sobre medidas concretas que podem e devem ser tomadas para minimizar o dano aos homens, mulheres e crianças de Gaza”, declarou Blinken a jornalistas na Base Andrews, da Força Aérea americana, antes de embarcar para Tel Aviv, no âmbito de uma visita regional para abordar a crise atual no Oriente Médio. “Isto é algo com que os Estados Unidos estão comprometidos”, acrescentou. O alto número de mortes em Gaza, incluindo milhares de crianças, afastou o apoio da comunidade internacional a Israel no conflito contra o Hamas.

Na conversa com a imprensa, Blinken reforçou que Israel “tem o direito” de se defender. Ainda assim, o secretário norte-americano reforçou que as imagens de crianças palestinas mortas lamentáveis. “Quando vejo uma criança palestina – um menino ou uma menina – tirada dos escombros de um prédio em ruínas, isso me atinge no estômago tanto quanto ver uma criança em Israel ou em qualquer outro lugar”, disse o chefe da diplomacia americana. Após ser atacado, Israel tomou duras represálias, bombardeando sem trégua a Faixa de Gaza, onde moram cerca de 2,4 milhões de pessoas. Desde a sexta-feira passada, os bombardeios são reforçados com incursões terrestres. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, a ofensiva israelense já deixou mais de 9.000 mortos, entre eles 3.760 crianças

*Com informações da AFP

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