Ex-funcionário de ministério pode ter ordenado morte de presidente do Haiti, diz polícia
Agentes colombianos ouviram detidos por envolvimento com crime, que apontaram ex-membros do Ministério da Justiça do Serviço de Inteligência e do Exército do país como mentores
Em comunicado à imprensa nesta sexta-feira, 16, a polícia da Colômbia informou que as ordens para matar o presidente do Haiti, Jovenel Moise, foram dadas após uma reunião entre ex-membros de ministérios haitianos e do Exército do país latino. Segundo informações coletadas em depoimentos de pessoas presas, cerca de três dias antes do crime o ex-funcionário do Ministério da Justiça, Joseph Felix Badio, conversou com o ex-funcionário do Serviço de Inteligência Duberney Capador e com o capitão aposentado do Exército colombiano, Germán Rivera, sobre a ordem de matar o presidente. Depois deste encontro, passagens aéreas para o restante dos envolvidos entrarem no Haiti teriam sido compradas. Os grupos teriam viajado separadamente: quatro pessoas foram antecipadamente para fazer um “serviço de segurança” acordado com o militar aposentado e, em seguida, mais 20 se juntaram a elas para concluir o crime.
Segundo o diretor de polícia da Colômbia, Jorge Vargas, uma pessoa chamada “Ascar” informou a Germán Rivera e Duberney Capador em uma reunião com Badio que o presidente do Haiti deveria ser assassinado. Até o momento, 23 pessoas foram presas, incluindo 18 ex-militares colombianos e cinco indivíduos com cidadanias americana e haitiana. Moise foi assassinado na madrugada de 7 de julho e a esposa dele, Martine, também foi atingida pelos tiros, mas sobreviveu e passa por tratamento em Miami, nos Estados Unidos. O enterro do presidente será realizado no dia 23 de julho e o funeral dele será iniciado três dias antes em Cap-Haitien, no Norte do país.
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