FMI continua acordo de US$ 56,3 bi com Argentina, mas admite ‘situação difícil’
O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou, nesta quinta-feira (12), 0 compromisso de seguir em frente em um acordo de de assistência financeira de US$ 56,3 bilhões firmado com Argentina. Mesmo com o auxílio, no entanto, o FMI reconhece que a situação no país é “extremamente difícil”
“A situação segue sendo extremamente difícil, o nível de inflação segue sendo muito elevado e isso aumentou os índices de pobreza, a atividade econômica diminuiu. (…) Mas estamos plenamente comprometidos em seguir em frente”, disse o porta-voz do fundo, Gerry Rice.
Ele confirmou que uma delegação do governo da Argentina, liderada pelo ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, viajará a Washington no fim de setembro para conversar sobre o programa de assistência financeira de US$ 56,3 bilhões.
Para Rice, a economia argentina sofreu um “novo choque de confiança” em agosto, logo após os resultados das eleições primárias no país, em que o atual presidente, Maurício Macri, considerado alguém “pró-mercado”, perdeu para Alberto Fernández, candidato que tem como companheira de chapa a ex-presidente Cristina Kirchner.
Segundo o porta-voz, a derrota afetou a estabilidade macroeconômica que o governo Macri tinha conseguido implementar com as medidas recomendadas pela instituição. “O programa conseguiu reduzir o déficit em conta corrente e o déficit fiscal, dois elementos muito importantes de vulnerabilidade. (…) Tentamos fazer os ajustes mais fáceis para um país em épocas de crise, ajudamos a proteger a economia em geral e os grupos mais vulneráveis por meio de nossos programas”, defendeu Rice.
Rice não descartou uma possível reunião de analistas do FMI com Fernández, mas não deu mais detalhes sobre o encontro.
No mês passado, uma equipe do órgão foi a Buenos Aires para conversar com Lacunza, que havia acabado de assumir o cargo de ministro da Fazenda, e com o presidente do Banco Central da Argentina, Guido Sandleris.
Até o momento, a Argentina já recebeu US$ 44,5 bilhões dos US$ 56,3 bilhões previstos no acordo firmado com o FMI.
*Com informações da Agência EFE
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