Greve de funcionários da TV e do cinema pode paralisar produções de Hollywood

Membros do principal sindicato da indústria do entretenimento dos Estados Unidos defendem melhores remunerações aumento das contribuições para seguros de saúde privados e planos de aposentadoria

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2021 05h33 - Atualizado em 05/10/2021 05h34
Pixabay Placa hollywood Possível greve seria prejudicial para os estúdios de Hollywood, que já sofreram vários atrasos devido à pandemia de Covid-19

Membros da Aliança Internacional de Trabalhadores de Palcos Teatrais (IATSE), principal sindicato da indústria do entretenimento dos Estados Unidos, aprovaram nesta segunda-feira, 4, uma greve que pode paralisar a maioria das produções de Hollywood. Ao todo, quase 60 mil profissionais deram autorização para que a entidade realize uma paralisação caso não chegue a um acordo de melhores remunerações com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), a organização que engloba estúdios de cinema e emissoras de televisão. A consulta teve aprovação de 98% dos sindicalizados e uma participação de cerca de 90% dos afiliados, disse a entidade.

“Esta votação é sobre a qualidade de vida, saúde e segurança daqueles que trabalham na indústria cinematográfica e televisiva. Nosso pessoal tem necessidades humanas básicas, como tempo para comer, dormir o suficiente e ter um fim de semana. E aqueles que estão na base da tabela salarial não merecem nada menos que um salário digno”, disse o presidente da IATSE, Matthew Loeb.  A decisão não representa, no entanto, uma convocação imediata de greve, mas autoriza o sindicato a recorrer à paralisação se necessário. Além da melhora na remuneração, os funcionários também reivindicam aumento das contribuições para seguros de saúde privados e planos de aposentadoria.

No geral, a maioria dos membros do IATSE abrange técnicos, artistas e funcionários que trabalham em áreas como figurino, design de cenários e iluminação. Uma possível greve seria prejudicial para os estúdios de Hollywood, que já sofreram vários atrasos devido à pandemia de Covid-19. A última paralisação aconteceu em 2017 após convocação do sindicato dos roteiristas e afetou as filmagens e transmissões televisivas durante 100 dias.

*Com EFE

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