Guarda Costeira dos EUA confirma que destroços encontrados são do submersível e que tripulantes morreram

Pedaços foram achados a 500 metros do Titanic; operações ainda trabalham para entender a cronologia do acidente

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2023 16h06 - Atualizado em 22/06/2023 16h25
EFE/EPA/CJ GUNTHER submersível titan Coletiva de imprensa da Guarda Costeira dos Estados Unidos

A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou em entrevista coletiva que os destroços encontrados nesta quinta-feira, 18, são do submersível Titan, que desapareceu no domingo, 18, e que todos os passageiros morreram. As autoridades também disseram que a causa mais provável do acidente foi uma implosão da embarcação. “Descobrimos uma parte do submersível a cerca de 500 metros da proa do Titanic, em seguida encontramos destroços adicionais e, falando com especialistas, dentro do comando unificado, os destroços são consistentes com a perda catastrófica da câmara de pressão”, disse o porta-voz da Marinha dos Estados Unidos, o contra-almirante John Mauger, acrescentando que as famílias foram notificadas. “Trago nossos pêsames a família, só consigo imaginar como isso tem sido para eles, espero que a descoberta traga conforto em um momento tão difícil”, declarou. O porta-voz também agradeceu o apoio que tiveram e a mobilização muita rápida.

A busca, na qual participam navios, robôs e aviões, entrou em fase crítica nesta quinta-feira, já que as 96 horas de oxigênio de emergência à disposição do submersível Titan, da empresa privada OceanGate Expeditions, teriam se esgotado às 08h08 desta quinta-feira. O navio Polar Prince, da empresa canadense Horizon Maritime, perdeu todo o contato com o submersível menos de duas horas depois de um mergulho que deveria ter durado cerca de sete horas, para visitar os restos do mítico transatlântico Titanic, que jaz a quase 4.000 metros de profundidade e a 600 quilômetros do continente, em Terranova. A bordo estavam o milionário britânico Hamish Harding, presidente da empresa Action Aviation; o paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente da Engro, e seu filho Suleman – ambos também de nacionalidade britânica; o experiente mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet; e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a empresa que opera o submersível, e que cobrava 250.000 dólares por turista (cerca de 1,1 milhão de reais na cotação atual). Uma dezena de navios, com a ajuda de robôs de controle remoto (ROV), participaram das buscas pelo submersível. Outro robô da empresa de mapeamento de águas profundas Magellan estava programado para chegar do Reino Unido na tarde desta quinta-feira para vasculhar o fundo do mar.

 

 

 

 

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