Hamas acusa Israel de ‘sabotar’ negociações para uma trégua em Gaza

Líder do grupo islâmico disse que o ataque deliberado contra policiais e funcionários governamentais no enclave palestino ilustra os esforços israelenses de semear o caos e perpetuar a violência

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2024 19h16
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JACK GUEZ / AFP gaza Fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza em 19 de março de 2024 mostra uma vista de edifícios destruídos no território palestino após bombardeios em meio ao conflito em curso entre Israel e o grupo militante Hamas

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, acusou Israel, de sabotar as negociações para uma trégua em Gaza. “O ataque deliberado contra policiais e funcionários governamentais em Gaza ilustra os esforços [israelenses] de semear o caos e perpetuar a violência”, afirmou Haniyeh em nota, nesta terça-feira, 19. O líder do grupo islâmico também “revela o empenho dos dirigentes da ocupação [israelense] em sabotar as negociações atuais em Doha”, no Catar, acrescentou. O Exército israelense disse nesta terça que eliminou dezenas de combatentes palestinos em uma operação contra o maior hospital da Faixa de Gaza, entre eles um alto dirigente do Hamas, durante uma incursão esta segunda no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza. Na operação, também houve centenas de detenções.

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O centro hospitalar Al Shifa abrigava não apenas pacientes, mas pessoal de saúde e deslocados pela guerra que destrói o território desde 7 de outubro. “As ações das forças de ocupação sionista no complexo médico de Al Shifa confirma sua intenção de dificultar a recuperação da vida em Gaza e desmantelar aspectos essenciais para a existência humana”, denunciou Haniyeh, radicado no Catar. Suas declarações coincidem com as negociações no Catar para um cessar-fogo e a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro contra Israel. Nesta terça, Doha informou que aguardava para breve uma contraproposta do Hamas. Na semana passada, o grupo islamista, no poder em Gaza desde 2007, apresentou uma nova proposta na qual aceitava um cessar-fogo de seis semanas ao invés da trégua definitiva que reivindicava antes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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