Hamas diz que está atrasando entrega de reféns e acusa Israel de ‘quebrar o acordo’

Grupo pede ‘a entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza’ e o respeito aos ‘critérios de seleção’ para a libertação dos presos palestinos

  • Por Jovem Pan
  • 25/11/2023 14h14 - Atualizado em 25/11/2023 14h35
  • BlueSky
Mohammed ABED / AFP reféns libertados Veículos internacionais da Cruz Vermelha supostamente transportando reféns libertados pelo Hamas cruzam o ponto fronteiriço de Rafah, em Gaza, a caminho do Egito, de onde seriam transportados para Israel para se reunirem com suas famílias

O Hamas avisou neste sábado, 25, que está atrasando a libertação do segundo grupo de reféns até que Israel “respeite o acordo”, que entrou em vigor no dia anterior. Em comunicado, as brigadas Ezzedine al Qassam pedem especialmente “a entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza” e o respeito aos “critérios de seleção” para a libertação dos presos palestinos. Anteriormente, uma outra fonte ligada ao grupo palestino havia dito à agência AFP que 14 reféns israelenses estavam voltando para casa em segurança. Autoridades israelenses, entretanto, confirmaram que os reféns ainda não foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). A primeira troca ocorreu nesta sexta-feira, 24. O Hamas soltou 24 pessoas sequestradas em 7 de outubro, sendo 13 israelenses, dez tailandeses e um filipino. Tel Aviv, por sua vez, liberou 39 mulheres e menores detidos. A movimentação faz parte de um acordo firmado no início desta semana. No trato, as duas partes também combinaram uma trégua nos ataques de quatro dias.

Nas últimas horas, Estados Unidos e Egito, dois dos articuladores no conflito, mostraram otimismo quanto a uma prorrogação no cessar-fogo. Presidente norte-americano, Joe Biden afirmou que a chance é “real”. Já um porta-voz egípcio Diaa Rashwan comentou que os “sinais são positivos”. Apesar disso, publicamente, Israel insiste que a trégua é provisória e o objetivo em “exterminar” o Hamas permanece. Em quase 50 dias, a guerra no Oriente Médio já deixou 15.700 vítimas fatais, sendo 14.500 em Gaza e 1.200 do lado de Israel.

*Com informações de agências internacionais

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.