Indiciado em Tóquio pela 2ª vez, Ghosn poderá pagar fiança para responder processo em liberdade

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2019 07h13 - Atualizado em 11/01/2019 07h14
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EFE Ghosn diz que as acusações "não têm fundamento". Kelly, que já foi libertado sob fiança, alega inocência

O executivo brasileiro Carlos Ghosn, preso em Tóquio desde o dia 19 de novembro sob a acusação de cometer fraudes financeiras contra a Nissan, foi indiciado pela segunda vez nesta sexta-feira.

A promotoria o acusa de ter sonegado informações sobre o próprio salário entre 2015 e 2018, período em que ocupou os cargos de executivo-chefe e de presidente do conselho de administração da montadora japonesa.

Ghosn também teria realizado transações em benefício próprio com um empresário saudita, lesando a Nissan em cerca de US$ 15 milhões. Na legislação japonesa, esse suposto crime cometido pelo brasileiro é chamado de “quebra de confiança”.

Com o novo indiciamento, Ghosn deverá ser autorizado a pagar fiança para responder o processo em liberdade. A defesa do executivo informou que vai tentar libertá-lo ainda nesta sexta.

O suposto cúmplice de Ghosn, o executivo americano Greg Kelly, e a Nissan também foram indiciados na investigação sobre a sonegação de informações de salários. No primeiro indiciamento, em 10 de dezembro, Ghosn, Kelly e a Nissan também são acusados de terem falsificados informes de pagamentos do período entre 2010 e 2015.

Ghosn diz que as acusações “não têm fundamento”. Kelly, que já foi libertado sob fiança, alega inocência.

*Com Estadão Conteúdo

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