Investigação revela que 14 líderes mundiais esconderam fortunas
Documentos mostram que mais de 300 autoridades de mais de 90 países em todo o mundo possuem offshores em paraísos fiscais
Uma nova investigação jornalística do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) revelou neste domingo, 3, que 14 líderes mundiais em atividade esconderam bilhões de dólares em fortunas para evitar o pagamento de impostos. Outros 21 líderes que já deixaram o cargo também esconderam propriedade e renda. A investigação, batizada de Pandora Papers, mostra que mais de 300 funcionários públicos, incluindo ministros, juízes, prefeitos e generais de mais de 90 países em todo o mundo possuem offshores em paraísos fiscais. O trabalho envolveu 600 jornalistas, que examinaram 1,9 milhões de documentos. Segundo os jornais The Washington Post, El País, BBC e The Guardian, que publicaram as informações, três chefes de Estado latino-americanos estão envolvidos: Guillermo Lasso, presidente do Equador, Sebastián Piñera, do Chile, e Luis Abinader, da República Dominicana.
De acordo com os jornais, Lasso deixou de usar uma entidade panamenha para fazer pagamentos mensais a seus parentes e começou a usar outra entidade na Dakota do Sul, nos Estados Unidos, estado que se tornou uma espécie de paraíso fiscal. Enquanto isso, Piñera supostamente tinha negócios secretos nas Ilhas Virgens Britânicas. Já Abinader e outros membros da família possuem uma offshore no Panamá. Os arquivos também incluem 11 ex-presidentes latino-americanos, entre eles o peruano Pedro Pablo Kuczynski, Porfirio Lobo, de Honduras, César Gaviria e Andrés Pastrana, ambos da Colômbia, Horacio Cartes, do Paraguai, além de Juan Carlos Varela, Ricardo Martinelli e Ernesto Pérez Balladares, do Panamá.
*Com informações da EFE
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