Ex-policial Derek Chauvin é condenado a 22 anos de prisão pela morte de George Floyd

Família pediu pena máxima para o policial diante da Corte nesta sexta-feira; Chauvin tinha sido condenado no mês de abril por crimes de homicídio culposo, de primeiro grau e de terceiro grau

  • Por Jovem Pan
  • 25/06/2021 17h00 - Atualizado em 25/06/2021 18h59
MN DOC / Divulgação Derek Chauvin Chauvin recebe sentença nesta sexta-feira

O ex-policial Derek Chauvin, considerado responsável pela morte do norte-americano George Floyd e flagrado em vídeo pressionando o pescoço dele por oito minutos enquanto o homem afirmava que não conseguia respirar em maio de 2020 no estado de Minneapolis, nos Estados Unidos, foi condenado nesta sexta-feira, 25, a 22 anos e seis meses de prisão. A decisão foi proferida pelo juiz Peter Cahill pouco após a família de Floyd pedir pena máxima a Chauvin, que podia ser condenado a passar até 40 anos atrás das grades. O policial de 45 anos foi considerado culpado por homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio culposo no mês de abril. Além do processo finalizado nesta sexta-feira, ele deverá ser julgado na esfera federal junto a outros três ex-policiais que estavam em ação no local do crime e também foram demitidos após a repercussão do caso.

“Em meu nome e em nome da minha família, digo que queremos a pena máxima. Nós não queremos mais ver ‘tapinhas no pulso’. Já passamos por isso”, afirmou em Corte Terrence Floyd, o irmão de George. A audiência desta sexta também contou com falas do sobrinho da vítima, Brandon Williams, que disse que a família está “destroçada”. Um vídeo da filha de Floyd, Gianna, de sete anos, falando que ama o pai e sente falta dele foi reproduzido diante do júri. O promotor responsável pelo caso, Matt Frank, afirmou que a sentença de Chauvin deveria ser aumentada por uma série de fatores agravantes, como a presença de crianças na hora da morte. A defesa do ex-policial listou uma série de ações “mitigadoras” da pena, como o fato dele ser um veterano do Exército norte-americano e ter recebido prêmios por salvar vidas enquanto policial. Chauvin decidiu que não falaria diante da Corte nesta sexta e se limitou a prestar condolências à família de Floyd.

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