Israel ataca complexo militar e posto de observação do grupo libanês Hezbollah

Forças de Defesa israelenses informaram que sua ofensiva atingiu uma das cédulas atingidas estava se preparando para lançar foguetes e outra estava localizada próximo a um local de lançamento de mísseis

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2023 12h17
EFE/EPA/ATEF SAFADI israel atacando hezbollah Soldado da unidade de morteiros israelense toma posição ao longo da fronteira Israel-Líbano

As Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) informaram que atacaram infraestruturas do Hezbollah e quatro cédulas do grupo que operam na fronteira com o Líbano. A região que tem sido um dos pontos de tensão na guerra do Oriente Médio que acontece desde o dia 7 de outubro, e vive seu momento de maior tensão desde 2006 e em paralelo à guerra contra as milícias islamitas lideradas pelo Hamas em Gaza. “As nossas forças atacaram infraestruturas terroristas do Hezbollah no Líbano, incluindo um complexo militar e um posto de observação. 4 células terroristas do Hezbollah que operam na fronteira com o Líbano foram atacadas”, escreveram em sua conta no X (antigo Twitter). Os ataques israelenses são em retaliação os laçamento de foguetes e mísseis antitanques da fronteira. Segundo um porta-voz militar, uma das cédulas atingidas estava se preparando para lançar foguetes, outra estava localizada próximo a um local de lançamento de mísseis e uma terceira operava perto da divisória e carregava armas.

Paralelamente, alarmes antiaéreos foram ativados em diversas ocasiões em comunidades israelenses vizinhas e o Exército afirmou ter interceptado um drone que cruzou a fronteira vindo do país árabe. Horas antes, além disso, o Exército informou que havia atacado um complexo militar e um posto de observação do Hezbollah. Em 2006, até então, o episódio de maior tensão entre Israel e Líbano, as tropas israelenses e o Hezbollah travaram uma guerra, com intensas trocas de tiros durante 16 dias consecutivos e quase 50 mortes de ambos os lados. A milícia libanesa lançou dezenas de mísseis antitanque, foguetes e morteiros em direção ao solo israelense, onde alguns dos seus homens tentaram infiltrar-se; ao que Israel respondeu com intensos ataques aéreos e de artilharia, inclusive com ações seletivas para matar milicianos.

A escalada de tensão na fronteira provocou pelo menos 47 mortes: seis em Israel – cinco soldados e um civil – e 41 no Líbano, incluindo oito civis – entre eles um cinegrafista da agência “Reuters” -, 27 membros do Hezbollah e seis membros de milícias palestinas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visitou ontem as tropas na frente norte, onde estão se posicionando cada vez mais forças, e alertou o Hezbollah que, se entrar na guerra, “cometerá o pior erro da sua vida”. O aumento da tensão na região já deixou mais de 19 mil deslocados no Líbano. “Um aumento dos incidentes na fronteira” provocou o deslocamento de 19.646 pessoas no Líbano, “tanto no sul como em outras partes do país”, informou a agência da ONU (Organização das Nações Unidas). Os moradores de ambos os lados da fronteira foram retirados.

*Com informações das agências internacionais 

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