Israel começa a aplicar 3ª dose da vacina da Pfizer em pessoas com mais de 60 anos
Objetivo é ter cerca de 1,5 milhão de cidadãos imunizados na próxima semana, em uma campanha que surge à medida que o país continua registrando taxas crescentes de mortes pelo novo coronavírus
Israel começou a aplicar a terceira dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas com mais de 60 anos neste domingo, 1º, após ter iniciado esta etapa na sexta-feira passada com o presidente israelense, Isaac Herzog, e um pequeno número de cidadãos. Segundo a imprensa local, milhares de israelenses já fizeram o agendamento para receber esta dose de reforço da vacina da Pfizer, que está disponível há várias semanas para adultos imunodepressivos e agora também para quem tem mais de 60 anos e recebeu a segunda dose há pelo menos cinco meses.
Clalit, a principal provedora de saúde entre as quatro empresas israelenses responsáveis pela administração da vacina, recebeu neste domingo cerca de 1,3 mil pessoas nas suas clínicas em todo o país para a aplicação da terceira dose e outros sete mil clientes estão agendados para serem vacinados nos próximos dias. O objetivo do governo é ter cerca de 1,5 milhão de cidadãos com mais de 60 anos vacinados na próxima semana, em uma nova campanha que surge à medida que o país continua registrando taxas crescentes de mortes pelo novo coronavírus.
Israel é pioneiro no mundo na aplicação de uma terceira dose da vacina da Pfizer, recomendação da empresa farmacêutica que desencadeou um debate global, mas que ainda não foi aprovada pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos nem da União Europeia (UE). As infecções diárias aumentaram constantemente em Israel nas últimas semanas, fenômeno que é atribuído à propagação da variante Delta. Após alguns meses de quase normalidade, o país, que liderou uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo e imunizou cerca de 60% da população-alvo com duas doses, teve novamente de aplicar algumas restrições devido ao aumento das infecções.
Mais de 2 mil novos casos de Covid-19 foram diagnosticados nas últimas 24 horas, com uma taxa de positividade acima de 3%, um aumento acentuado em relação à semana anterior, quando a taxa estava abaixo de 2,5%. Atualmente, quase 19 mil pessoas estão infectadas com o vírus em Israel e mais de 210 pacientes em estado grave estão internadas em hospitais. Nas últimas semanas, as autoridades israelenses também reforçaram as restrições para as pessoas que voltam do exterior e expandiram os países para os quais as viagens estão proibidas por serem considerados de maior risco. Esta lista inclui Brasil, Espanha, Argentina e México, para onde os cidadãos israelenses e residentes no país não podem viajar sem uma autorização especial.
* Com informações da EFE
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