Justiça argentina confirma condenação de Cristina Kirchner a seis anos de prisão por corrupção

Ex-presidente teria beneficiado o empresário Lázaro Báez, um aliado próximo, com 51 contratos de obras públicas na província de Santa Cruz; ela ainda pode recorrer à Suprema Corte

  • Por da Redação
  • 13/11/2024 12h26 - Atualizado em 13/11/2024 15h30
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Rodrigo Oropeza/AFP A ex-presidente argentina Cristina Fernandez de Kirchner discursa durante o evento Caso seja definitivamente condenada, Cristina Kirchner, poderá solicitar prisão domiciliar por ter mais de 70 anos

A Justiça argentina confirmou nesta quarta-feira (13) a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão por corrupção e a desqualificação vitalícia para cargos públicos. A decisão, tomada de forma unânime pelos juízes da Câmara IV da Câmara Federal de Cassação Penal, refere-se ao caso conhecido como “Estradas,” que envolve acusações de fraude e administração fraudulenta de recursos públicos. Segundo as acusações, Kirchner teria beneficiado o empresário Lázaro Báez, um aliado próximo, com 51 contratos de obras públicas na província de Santa Cruz, reduto político dos Kirchner. As fraudes teriam ocorrido entre 2003 e 2015 e resultaram em um desvio estimado em aproximadamente 85 bilhões de pesos argentinos, o equivalente a cerca de US$ 1 bilhão na época dos fatos.

De acordo com a investigação, as licitações eram direcionadas para favorecer Báez, cujas empresas obtinham vantagens indevidas, incluindo contratos superfaturados e obras inacabadas. A defesa de Kirchner ainda pode recorrer à Suprema Corte argentina, última instância judicial do país. A expectativa é que o tribunal só comece a avaliar o caso em 2025, o que impede a execução imediata da pena. Caso seja definitivamente condenada, Kirchner, que tem 71 anos, poderá solicitar prisão domiciliar, benefício previsto para réus acima dos 70 anos.

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A decisão também mantém as condenações de outros envolvidos, incluindo ex-funcionários públicos que teriam colaborado com o esquema de fraude. A Justiça apontou que as ações constituíram uma “aliança criminosa” para desviar recursos públicos, e destacou que a estrutura montada na administração permitiu o enriquecimento de aliados políticos e prejuízo ao Estado.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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