Justiça sobe para 25 anos de prisão a condenação da ex-presidente sul-coreana

  • Por Agência EFE
  • 24/08/2018 07h31
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EFE EFE A decisão da apelação acontece quatro meses depois que a Suprema Corte de Seul condenasse Park a 24 anos de prisão

Um tribunal de apelação da Coreia do Sul subiu, nesta sexta-feira, para 25 anos de prisão a condenação da ex-presidente Park Geun-hye pelo seu envolvimento na trama de corrupção da “Rasputina”, que forçou sua destituição em janeiro do ano passado, informou a agência local de notícias “Yonhap”.

A Suprema Corte de Seul subiu mais um ano a condenação de Park, de 66 anos, e ordenou que ela pague uma multa de 20 bilhões de wons (cerca de US$ 18 milhões), 2 bilhões de wons (cerca de US$ 2 milhões) a mais aos que foram impostos na sentença inicial.

A decisão da apelação acontece quatro meses depois que a Suprema Corte de Seul condenasse Park a 24 anos de prisão e que pagasse uma multa multimilionária, após ser considerada culpada de 16 das 18 acusações em relação ao caso da “Rasputina”, entre eles abuso de poder, suborno e coação.

A Promotoria apelou da sentença, emitida no início de abril, e manteve a petição de 30 anos de prisão (e uma multa de 91 milhões de euros) para a ex-governante, por criar com sua amiga Choi Soon-sil, apelidada de “Rasputina”, uma rede de favores através da qual extorquiram grandes empresas como Samsung, Hyundai e Lotte.

O escândalo fez com que Park deixasse o cargo, motivando a antecipação das eleições para maio de 2017, que terminaram com a vitória de Moon Jae-in.

Com isso, ela se tornou na terceira ex-chefe de Estado sul-coreano a ir para prisão, após os militares e políticos Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo.

Park, que não esteve presente na sessão de hoje, não aparece diante dos juízes desde outubro do ano passado, quando sua prisão preventiva foi prolongada, e sempre descreveu seu processo como parcial e motivado politicamente.

Diferente do que ocorreu com a leitura da sentença, no mês de abril, a sessão de hoje não foi transmitida ao vivo pela TV.

A corte também comutou a pena do ex-assessor da presidência, Ahn Jong-beom, de seis para cinco anos.

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