Kamala Harris telefona para Trump para cumprimentá-lo pela vitória nas eleições dos EUA

A candidata democrata falou com Trump sobre a importância de uma transição pacífica e de ser um presidente para todos os americanos, segundo um assessor, que pediu para permanecer no anonimato

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2024 16h38 - Atualizado em 06/11/2024 18h39
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Brendan SMIALOWSKI / AFP Kamala Harris Kamala Harris durante participação de um banco de telefone na sede do Comitê Nacional Democrata em Washington nesta terça-feira (5)

Kamala Harris telefonou para Donald Trump nesta quarta-feira (6), para cumprimentá-lo por sua vitória nas eleições presidenciais americanas, informou um assessor da vice-presidente. A candidata democrata falou com Trump sobre a importância de uma transição pacífica e de ser um presidente para todos os americanos, acrescentou o assessor, que pediu para permanecer no anonimato.

O porta-voz do presidente republicano eleito confirmou a conversa e disse que os dois “concordaram com a importância de unir o país”. “O presidente Trump reconheceu à vice-presidente [Kamala] Harris sua determinação, profissionalismo e perseverança ao longo da campanha”, acrescentou Steven Cheung sobre a candidata democrata.

A vice-presidente americana fará um discurso às 16h locais desta quarta-feira (18h de Brasília), informou a Casa Branca, na primeira reação da democrata à sua derrota nas eleições presidenciais para o republicano Donald Trump. Kamala, que vai discursar na Universidade de Howard, em Washington, foi derrotada maciçamente por Trump, apesar de a maioria das pesquisas de opinião sugerirem uma disputa acirrada.

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Trump volta à Casa Branca

Donald Trump voltará à presidência dos Estados Unidos após vencer as eleições com um programa anti-imigração, protecionista na área comercial e contrário ao politicamente correto que provoca temores em muitos países. O candidato republicano soma 277 votos no colégio eleitoral contra 224 da candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris, segundo resultados provisórios divulgados pela imprensa. Ele precisava de 270 para vencer a disputa.

Um triunfo extraordinário após uma campanha na qual ele foi alvo de duas tentativas de assassinato, quatro acusações e uma condenação criminal. Como em 2016, sua vitória foi rápida. Ele venceu em dois dos sete estados-pêndulo, Geórgia e Carolina do Norte, seguidos pela Pensilvânia. Wisconsin encerrou a disputa e acabou com as esperanças de Harris.

De acordo com uma pesquisa de boca de urna da NBC News, latinos e afro-americanos contribuíram para a vitória votando mais no republicano do que há quatro anos. O magnata obteve o apoio de 45% dos eleitores latinos a nível nacional, em comparação com 53% de Kamala. A distribuição era de 32% e 65% em 2020. “Fizemos história”, proclamou Trump, 78 anos, aos seus eleitores em West Palm Beach, Flórida, ao lado da família, incluindo a esposa Melania.

“Vamos ajudar o nosso país a se curar. Temos um país que precisa de ajuda, e precisa com urgência. Vamos consertar as nossas fronteiras”, afirmou. Os mercados receberam a notícia com satisfação e o dólar operava em alta. Durante a campanha, o republicano insistiu a seus apoiadores que vai expulsar os migrantes em situação irregular porque, segundo ele, “envenenam o sangue” do país. Ele chama estas pessoas de “terroristas”, “estupradores”, “selvagens” ou “animais” que saíram de “prisões e manicômios”.

Ele prometeu reconquistar as cidades tomadas, segundo ele, por migrantes, e fechar a fronteira com o México para garantir que as pessoas não entrem mais sem visto. O dia da vitória será o da “libertação”, afirmou. Nesta quarta-feira, Trump afirmou que eles poderão vir, mas apenas legalmente.

Tudo saiu do jeito que ele desejava porque, além de vencer as eleições presidenciais, o Partido Republicano, sob seu controle desde que entrou na vida política, retomou o controle do Senado dos democratas. Trump já reivindicou a vitória inclusive no voto popular. Se este resultado for confirmado, esta seria a primeira vitória de um republicano no total de votos desde 2004. E ele é o primeiro a conquistar um segundo mandato não consecutivo desde 1893.

*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira

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