Keiko Fujimori afirma que ‘esquerda internacional’ fraudou eleições no Peru

Candidata às eleições do Peru não apresentou provas, mas diz que é possível confirmar sua tese graças à reação de políticos e ‘membros ativos da esquerda latino-americana’

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2021 15h48
EFE/Antonio Melgarejo Keiko Fujimori, candidata à presidência do Peru, em manifestação Keiko Fujimori pediu a anulação de mais de 200 mil votos na eleições do Peru por supostas fraudes

A candidata à presidência do Peru Keiko Fujimori voltou a falar que as eleições do país foram fraudadas. Desta vez, ela afirmou que a “esquerda internacional” interferiu no processo eleitoral e fraudou o pleito iniciado no último dia 6, que aponta o candidato de esquerda Pedro Castillo como vencedor virtual. Para oficializar o resultado apontado previamente, falta a proclamação da Junta Nacional de Eleições (JNE). A declaração de Fujimori foi feita em reunião com a Associação Peruana de Imprensa Estrangeira (APEP). Segundo os resultados atuais, Castillo tem uma vantagem de cerca de 50 mil votos sobre Fujimori, que recentemente pediu a anulação de mais de 200 mil votos. Ela insiste na tese de que existiu uma “fraude na mesa” orquestrada pelo partido de Castillo, Peru Livre, para “violar o resultado eleitoral”.

Keiko Fujimori e seus assessores afirmam que o partido “marxista-leninista” de Castillo teria se “infiltrado” nas mesas de votação para manipular o resultado e que seu pedido de anulação dos votos responde a uma medida para “conhecer a verdade” sobre o que aconteceu nas eleições do Peru. Fujimori aponta que é possível identificar a participação da “esquerda internacional” através da reação de lideranças políticas da esquerda latino-americana à votação, como a de Alberto Fernández, presidente da Argentina, que fez uma publicação no Twitter parabenizando Castillo pela vitória, e de “vários membros ativos da esquerda latino-americana”. No entanto, Fujimori não apresentou nenhuma prova a respeito de suas acusações. As missões de observação eleitoral que visitaram o país, como a da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), não encontraram irregularidades graves.

*Com informações da EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.