Kremlin diz que ‘fortes pressões’ levaram à derrota de candidato russo em eleição da Interpol

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2018 16h19 - Atualizado em 21/11/2018 20h43
Divulgação Polícia Internacional terá como chefe nos próximos anos o sul-coreano Kim Jong Yang

A Rússia afirmou nesta quarta-feira (21) que a eleição do sul-coreano Kim Jong Yang para a presidência da Interpol foi resultado de “fortes pressões”. O candidato russo, Alexander Prokopchuk, foi derrotado no pleito realizado durante assembleia em Dubai, nos Emirados Árabes.

“Certamente, é uma pena que nosso candidato não tenha vencido, mas, por outro lado, se analisarmos imparcialmente as declarações feitas por vários países na véspera das eleições, fica evidente que houve fortes pressões”, comentou o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov.

Yang foi apoiado pelos Estados Unidos, que também criticaram Prokopchup com apoio de Ucrânia e Lituânia. Nesta quarta, Peskov garantiu que a Rússia não tem “motivo nenhum” para não aceitar o resultado, mas acusou os norte-americanos de influenciarem a votação.

“[A atitude dos EUA] Coloca em interdição o próprio princípio de tomada de decisão nas organizações internacionais”, disse Frants Klintsevich, chefe do comitê de defesa e segurança do Senado da Rússia, que chamou de “vergonhosos” os métodos utilizados contra Prokopchuk.

O Ministério do Interior russo, que destacou que Prokopchuk seguirá no cargo de vice-presidente da Interpol, já tinha denunciado na terça-feira (20) que “uma campanha de desprestígio” estava sendo realizada contra contra o representante russo.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, pediu publicamente o voto pelo candidato sul-coreano, que sucederá no cargo Meng Hongwei. O chinês foi presidente da organização até sua detenção por autoridades de Pequim, em setembro.

*Com informações da EFE

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