Líder da oposição na Venezuela pede para que funcionários do Judiciário ‘não se rendam’ a um ‘regime criminoso’
‘Chegou a hora de todos os funcionários judiciais serem o rosto da coragem e da dignidade, de não seguirem ordens que violem a Constituição’, declarou María Corina Machado em um áudio nas redes sociais
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, convocou nesta terça-feira (15) por meio de um áudio nas redes sociais os funcionários do Poder Judiciário do país a desobedecer ordens, que “violem a Constituição”. “Chegou a hora de todos os funcionários judiciais serem o rosto da coragem e da dignidade, de não seguirem ordens que violem a Constituição e de defenderem as suas. Tenham a certeza de que nesta nova Venezuela não há espaço para vingança ou impunidade”, disse. María Corina Machado está escondida na Venezuela e tem dito “temer por sua vida” após a reeleição de Nicólas Maduro.
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela decidiu não revisar a sentença que confirmou a vitória de Maduro, que obteve 51,95% dos votos, na eleição presidencial de 28 de julho. Seu principal concorrente, Edmundo González Urrutia, recebeu 43,18% dos votos. A oposição denuncia que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) cometeu fraudes e não apresentou as atas eleitorais que poderiam validar a vitória de González, que está asilado na Espanha.
A líder opositora solicitou aos procuradores, defensores públicos e juízes venezuelanos para que “não se rendam” a um “regime criminoso que os usa e esconde a suas ações”. “A maior aberração da tirania é forçar você, cujo dever é administrá-la, a violar a lei, porque diante das práticas de terrorismo de Estado como a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) descreveu e dos crimes contra a humanidade que as Nações Unidas denunciaram , eles querem arrastá-los, para que vocês sejam os culpados”, declarou em áudio.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carol Santos
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