Lula e Zelensky conversam por vídeo sobre guerra na Ucrânia

Presidente do Brasil reafirmou o desejo em contribuir com a construção da paz e do diálogo; na semana passada, líder ucraniano convidou o petista para visitar seu país

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2023 16h28 - Atualizado em 02/03/2023 17h06
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Luiz Inácio Lula da Silva Em conversa com Zelensky por vídeo Lula diz que guerra não interessa a ninguém

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, conversaram nesta quinta-feira, 02, por vídeo sobre a guerra na Ucrânia. “Tive uma reunião por vídeo agora com o presidente da Ucrânia. Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo”, escreveu Lula em sua conta no Twitter, acrescentando que a “guerra não pode interessar a ninguém”. O presidente do Brasil também ressaltou que o “o Brasil defende a integridade territorial da Ucrânia” e que por isso votou favoravelmente a recente resolução da ONU, informou em nota o Planalto. O presidente da Ucrânia agradeceu Lula por ter apoiado a resolução e falou sobre os esforos para trazer a paz de volta. “Lula, obrigado por apoiar nossa resolução. Destacamos a importância de defender o princípio da soberania e integridade territorial dos estados. Também discutimos os esforços diplomáticos para trazer a paz de volta para Ucrânia e para o mundo”, escreveu no Twitter. No final de janeiro, durante seu encontro com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o petista expressou seu desejo em criar um grupo da paz para discutir a situação na Ucrânia e chegar a um cessar-fogo. Apesar de a ideia não ter sido apoiada pelos EUA, a Rússia informou que está analisando a proposto de Lula.

“Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada da guerra na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e considerando os interesses de todos os envolvidos”, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, na semana passada. “Examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação in loco”, acrescentou. No dia em que o conflito completou um ano, Zelensky expressou seu desejo em se reunir com o Lula. “Convidei Lula para vir à Ucrânia e realmente quero um encontro com ele. Adoraria ter sua assistência e apoio para iniciar conversas com a América Latina. Estou apenas esperando encontrá-lo, cara a cara, e acho que assim eu e a Ucrânia poderíamos ser mais bem compreendidos na região”, disse durante entrevista coletiva. Durante a conversa com Lula, Zelensky reinterou o convite feito na semana passada. Em resposta, o petista manifestou disposição em atender o convite em um momento adequado, e retribuiu o convite, com o desejo que o retorno da paz facilite esses encontros. Os líderes ficaram de conversar em um futuro próximo. Apesar de condenar a invasão russa, desde o começo do conflito, o Brasil mantém uma posição de neutralidade e informou que não vai fornecer armas para à Ucrânia.

 

 

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