Marinha da Tailândia busca 31 desaparecidos após naufrágio de navio militar
Embarcação teve sistema elétrico danificado pelas fortes ondas com cerca de três metros; 75 pessoas foram resgatadas e 11 foram levadas para um hospital
A Marinha da Tailândia iniciou uma operação de busca nesta segunda-feira, 19, pelas 31 pessoas que desapareceram no naufrágio de um navio militar perto da costa sudeste do país. Dezenas de pessoas já foram resgatadas. “Um total de 31 dos 106 tripulantes da corveta ‘HTMS Sukhothai’ seguiam desaparecidos”, declarou o porta-voz da Marinha Real Tailandesa, almirante Pogkrong Montradpalin, várias horas depois do início da operação. Os tripulantes “perderam o controle” do navio, e este afundou pouco depois da meia-noite (14h em Brasília), devido à “maré forte” no Golfo da Tailândia, afirmou o almirante. “Estou acompanhando de perto as notícias. Pelo menos cinco pessoas estão gravemente feridas”, disse o primeiro-ministro Prayut Chan-o-Cha, um ex-general do Exército que também é ministro da Defesa, acrescentando que foi aberta uma investigação sobre a causa do incidente. Até o momento, 75 pessoas foram resgatadas e 11 foram levadas para um hospital em Bang Saphan. Algumas delas pularam em botes salva-vidas, como mostram imagens oficiais.
As fortes ondas marítimas danificaram o sistema elétrico da corveta de patrulha, provocando a parada das máquinas que garantem seu funcionamento, explicou. “As ondas eram bastante altas, com cerca de três metros, quando o navio afundou”, relatou um marinheiro resgatado, com uma manta sobre os ombros e sentado na parte de trás de uma ambulância, em entrevista à televisão pública tailandesa PBS. O barco afundou a cerca de 30 quilômetros da costa, na altura de Bang Saphan, na província de Prachuap Khiri Khan, no sul do país. De fabricação americana, o “Sukhothai HTMS” entrou em operação em 1987, de acordo com o centro de estudos US Naval Institute. Várias regiões do sul da Tailândia foram atingidas, nos últimos dias, por tempestades e chuvas intensas. Desde ontem, interrupções afetam a circulação de barcas entre o continente e a ilha turística de Samui. Hoje, o serviço meteorológico tailandês pediu às embarcações menores que permaneçam atracadas em seus portos no Golfo da Tailândia. Em 2018, uma embarcação que transportava turistas chineses virou nas proximidades da ilha de Phuket, na costa oeste do território. Mais de 40 pessoas morreram, em uma das maiores tragédias marítimas da história recente do país.
*Com informações da AFP
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