Mercosul cobra mais atenção dos EUA e insinua que quer ajuda com vacinas

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai argumentaram que o bloco ‘ainda apoia o Ocidente’, mas que nos últimos anos está sendo mais procurado pela China do que pelo governo norte-americano

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2021 18h12 - Atualizado em 13/03/2021 21h08
EFE/EPA/JIM LO SCALZO / POOL Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa para a imprensa Recentemente, o presidente Joe Biden se comprometeu a doar doses excedentes das vacinas com outros países do mundo

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai pediram que os Estados Unidos prestem mais atenção na América Latina. Durante uma conferência virtual, os quatro países fundadores do Mercosul argumentaram que há vários anos a região atrai o interesse da China. “Os Estados Unidos deveriam nos ouvir, porque o único que presta atenção é a China, que bate continuamente às nossas portas, já que o Mercosul é uma região muito rica. É importante que os Estados Unidos reconheçam que existe um bloco que ainda apoia o Ocidente, mas eles devem se preocupar e se aproximar da nossa região”, defendeu o chanceler uruguaio Francisco Bustillo.

Apesar de não especificar como, o diplomata também pediu ajuda ao governo norte-americano para enfrentar o “tsunami econômico” causado pela pandemia do novo coronavírus. Já o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Euclides Acevedo, foi um passo além e lamentou que os imunizantes não cheguem a todos os países, especialmente na América Latina, de forma semelhante. “As vacinas deveriam ser um bem comum universal, mas não as recebemos por causa da ganância de alguns”, insinuou. As declarações coincidem com a notícia de que o presidente Joe Biden se comprometeu a doar doses excedentes das vacinas com outros países do mundo.

*Com informações da EFE

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