Mesmo proibidos pelo governo, ativistas de Cuba anunciam que farão ato no dia 15 de novembro
Manifestação deve ocorrer em Havana e, de acordo com organizadores, ‘responderá com civilidade’ à negativa dos governantes
Ativistas cubanos anunciaram nesta quarta-feira, 13, que farão uma manifestação em Havana no próximo dia 15 de novembro mesmo tendo sido proibidos pelo governo local de ir às ruas. O anúncio ocorre um dia após as autoridades enviarem uma petição aos solicitantes do protesto afirmando que não há razões legítimas para a reunião. Eles encararam a decisão como uma provocação a favor da mudança de regime o país e justificaram que, de acordo com a Constituição de 2019, o “sistema socialista” em vigor é irrevogável. “Nossa decisão é que vamos marchar. Não estamos convocando. Vamos marchar e com aqueles que quiserem participar”, disse em entrevista à Agência EFE o dramaturgo Yunior García Aguilera, principal nome do grupo Archipelago, comunidade on-line que propôs o ato para o fim de semana.
O anúncio foi feito pelo coletivo nas redes sociais. No Twitter, eles alegaram que “diante o autoritarismo responderemos com civilidade e mais civilidade”. O ato pacífico planejado pelo grupo pede a condenação da violência, o respeito aos direitos dos cidadãos locais, a libertação dos presos políticos (parte deles detida em protesto recente) e soluções democráticas e pacíficas para o país, comandado por um regime socialista. A princípio, a solicitação do protesto foi para o dia 20 de novembro. Como o governo convocou exercícios militares para o mesmo dia, eles anteciparam a data e tiveram o direito à manifestação negado mesmo assim. A acusação feita pelo governo contra os manifestantes é de que eles seriam conluiados com os Estados Unidos, apoiando uma intervenção militar no país. Todos os envolvidos nos protestos negam isso.
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