Myanmar apresenta nova acusação contra líder democrata Aung San Suu Kyi

A audiência realizada por videoconferência aconteceu logo depois do país vivenciar um protesto violento no domingo, 28, quando pelo menos 18 manifestantes morreram

  • Por Jovem Pan
  • 01/03/2021 12h23
EFE/EPA/KAUNG ZAW HEIN Em protesto contra o golpe militar no Myanmar, manifestantes vestem chapéus típicos do Sudeste Asiático pintados de vermelho e seguram cartazes pedindo a libertação dos presos políticos Em Mandalay, manifestantes seguram cartazes pedindo a libertação de Aung San Suu Kyi

Um tribunal do Myanmar apresentou nesta segunda-feira, 1, uma nova acusação contra a líder da Liga Nacional pela Democracia, Aung San Suu Kyi. Detida desde o dia do golpe militar, a vencedora do Prêmio Nobel da Paz foi primeiramente acusada de importação ilegal de walkie-talkies e violação de protocolos de saúde contra o novo coronavírus. Agora, ela está sendo indiciada por perturbar a tranquilidade pública e compartilhar informações que poderiam causar medo ou alarde. Ela participou da audiência por videoconferência. As novas acusações, que foram confirmadas pelo advogado da ativista, Khin Maung Zaw, coincidem com a continuidade dos protestos em todo o país contra o golpe militar nesta segunda-feira, 1. Enquanto manifestantes exigiam a libertação de Aung San Suu Kyi e outros presos políticos, a polícia utilizava bombas de gás lacrimogênio para dispersar a multidão.

O Myanmar viveu um dos seus dias de protestos mais violentos no domingo, 28, quando foram registradas pelo menos 18 mortes e 200 pessoas feridas nas cidades de Rangun, Mandalay, Dawei, Bago, Magwe, Pakokku e Kyaukse. De acordo com a Associação para a Assistência aos Prisioneiros Políticos (AAPP), um total de 30 manifestantes já perderam as suas vidas em decorrência da violência policial desde o golpe militar. Além disso, 1.132 políticos, ativistas e manifestantes foram detidas desde 1º de fevereiro, sendo que 833 continuam presos.

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