‘Nenhum dos meus apoiadores endossaria a violência’, diz Trump após aprovação de impeachment

Presidente falou à TV norte-americana por pouco mais de cinco minutos e disse que trabalha para uma transição de posse tranquila nos Estados Unidos

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2021 21h15 - Atualizado em 13/01/2021 21h16
WKYC Channel/Reprodução de vídeo/13.01.2021 Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com as mãos apoiadas na mesa enquanto fala Presidente usou tom ameno em vídeo após aprovação do impeachment

Pouco mais de uma hora após a Câmara dos Estados Unidos votar a favor do impeachment do presidente Donald Trump, o republicano foi ao ar na televisão norte-americana nesta quarta-feira, 13, para falar sobre o que ele classificou como “eventos preocupantes” da última semana. “Eu quero ser bem claro, eu inequivocamente condeno a violência que nós vimos na semana passada. Violência e vandalismo não têm espaço nenhum no nosso país ou no nosso movimento. Fazer a América grande de novo sempre foi sobre defender o Estado de Direito, dar apoio aos homens e mulheres que aplicam a lei e sustentar as tradições e valores do nosso país”, afirmou. Trump garantiu que a violência vai contra tudo o que ele acredita.

“Nenhum dos meus verdadeiros apoiadores poderia endossar a violência política, nenhum dos meus apoiadores poderia desrespeitar a aplicação da lei ou a nossa grandiosa bandeira americana, nenhum dos meus verdadeiros apoiadores poderia ameaçar seus companheiros americanos. Se você fez alguma dessas coisas, você não está apoiando o nosso movimento. Você está atacando. Você está atacando o nosso país. Não podemos tolerar isso”, disse Trump. Sem citar nomes, ele falou que uma série de movimentos ao longo do ano foram responsáveis por cenas de violência no país e disse que independente do lado político do norte-americanos “nunca há justificativa para a violência”.

O republicano também falou que foi avisado pelo serviço secreto do país sobre ameaças em potencial nos dias que antecedem a posse do democrata Joe Biden, marcada para 20 de janeiro. “Eu não posso deixar de enfatizar que não pode haver violência, quebra de lei ou vandalismo de qualquer tipo. Todos devem obedecer a lei”, afirmou. Ele anunciou que uma série de medidas e reforços de policiamento são organizadas para garantir uma transição de governo segura e disse que estava “chocado e profundamente triste” com o ocorrido no Capitólio, mas também considerou como errados os cancelamentos de cidadãos. “O que é necessário agora é que nós escutemos uns aos outros, não que silenciemos uns aos outros”, afirmou. O posicionamento do presidente foi dado exatamente uma semana após a invasão que deixou cinco pessoas mortas e mais de 70 presas no país.

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