Netanyahu entra na Faixa de Gaza pela 1ª vez desde início da guerra com Hamas
Apesar do cessar-fogo de quatro dias, o líder israelense voltou a falar em exterminar o grupo palestino
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entrou na Faixa de Gaza pela primeira vez desde o início da guerra contra o Hamas, neste domingo, 26. Apesar do cessar-fogo de quatro dias, o líder israelense voltou a falar em exterminar o grupo palestino. “Temos três objetivos para essa guerra: eliminar o Hamas, recuperar todos os nossos reféns e garantir que a Faixa de Gaza não se torne novamente uma ameaça ao Estado de Israel”, declarou Netanyahu, em comunicado. “Continuaremos até o fim, até a vitória. Nada nos deterá e estamos convictos de que temos o poder, a força, a vontade e a determinação para atingir todos os objetivos da guerra, e nós o faremos”, acrescentou. Netanyahu esteve no Norte de Gaza, mas o local exato não foi divulgado.
As declarações do primeiro-ministro de Israel ocorrem meio ao acordo de uma troca de reféns e uma trégua temporária. Nos últimos dias, Estados Unidos e Egito, dois dos articuladores no conflito, mostraram otimismo quanto a uma prorrogação no cessar-fogo. Presidente norte-americano, Joe Biden afirmou que a chance é “real”. Já um porta-voz egípcio Diaa Rashwan comentou que os “sinais são positivos”. Apesar dos pedidos, o governo israelense não deve esticar a trégua por muito tempo. O chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, avaliou neste domingo a situação no Comando Sul e aprovou os planos para continuar a guerra após o fim do cessar-fogo, informou o Exército, na rede social X. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, também visitou suas tropas na Faixa de Gaza no sábado e disse que o cessar-fogo seria breve. “Qualquer negociação futura será sob fogo. Ou seja, se eles quiserem continuar a discutir o próximo [acordo], será enquanto as bombas estiverem caindo e as forças estiverem lutando”, disse Gallant. Em cerca de 50 dias, a guerra no Oriente Médio já deixou 15.700 vítimas fatais, sendo 14.500 em Gaza e 1.200 do lado israelense.
*Com informações da EFE
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