Nicolas Sarkozy e outras 14 pessoas são condenadas por financiamento ilegal de campanha
Ex-presidente da França recebeu pena de um ano de prisão, que poderá ser cumprida em casa, nesta quinta-feira, 30
A Justiça da França condenou nesta quinta-feira, 30, o ex-presidente Nicolas Sarkozy a um ano de prisão por um financiamento ilegal feito na campanha que o levou ao maior cargo da nação no ano de 2012. Esta é a segunda sentença sofrida pelo político em 2021, a primeira delas, no mês de março, condenou Sarkozy a três anos por corrupção ativa e tráfico de influências. O entendimento da Justiça nesta quinta foi de que o ex-presidente se beneficiou por cinco anos (entre 2007 e 2012) de um esquema que aumentava os limites de gastos de campanha impostos pela lei do país. O gasto máximo de um candidato na época era de € 30 milhões (equivalente a R$ 188,6 milhões). Ele teria ultrapassado o teto em € 20 milhões (equivalente a R$ 125,7 milhões) usando um sistema ilegal financiado por uma empresa privada.
Sarkozy, que alegava não conhecer os detalhes financeiros da própria campanha como forma de defesa, não foi ao tribunal ouvir o veredito. Os juízes, porém, entenderam que ele tinha a obrigação de saber os pormenores do dinheiro movido pela sua equipe e lembraram que ele chegou a ser advertido pelo menos duas vezes durante a campanha que tinha ultrapassado o limite de gastos. Além do ex-presidente, pelo menos outras 14 pessoas foram condenadas pelo crime: parte delas trabalhava no escritório de campanha presidencial e outra parte na empresa Bygmalion, envolvida no esquema. Além das condenações de 2021, o ex-presidente também foi indiciado em 2018 por um financiamento ilegal de campanha e por receber dinheiro ilegal do regime da Líbia. A pena aplicada ao político nesta quinta-feira poderá ser cumprida em casa.
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