OMS diz que ‘ainda é cedo’ para declarar emergência por coronavírus
A comissão especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira (23) que considera que “ainda é cedo” para declarar emergência internacional pelo coronavírus. Os líderes do grupo estiveram reunidos por dois dias e detalharam as ações do órgão em coletiva de imprensa em Genebra.
“Não se enganem. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma emergência de saúde global”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral. “No momento, a OMS não recomenda restrições mais amplas a viagens ou ao comércio. Recomendamos a triagem na saída nos aeroportos como parte de um conjunto abrangente de medidas de contenção”, completou.
"Make no mistake. This is an emergency in #China, but it has not yet become a global health emergency.
WHO’s risk assessment is that the outbreak is a very high risk in China, and a high risk regionally and globally"-@DrTedros on new #coronavirus
— World Health Organization (WHO) (@WHO) January 23, 2020
"I wish to reiterate that the fact I am not declaring a PHEIC today should not be taken as a sign that WHO does not think the situation is serious, or that we are not taking it seriously.
Nothing could be further from the truth"-@DrTedros on new #coronavirus
— World Health Organization (WHO) (@WHO) January 23, 2020
A posição da organização, no entanto, não é definitiva; a OMS pode voltar a convocar o comitê futuramente para debater uma eventual emergência internacional, o que significaria colocar em prática medidas de prevenção em nível global.
Casos na China e em outros países
Nesta quinta-feira (23), as autoridades de saúde da China revelaram que aumentou para 571 o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, que já deixou pelo menos 17 mortos. A Comissão Nacional de Saúde disse que confirmou 571 casos em 25 províncias e regiões do país. Durante esta quarta, 131 novos casos foram certificados.
Também hoje, subiu para nove o número de países com casos registrados: China, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Vietnã, Cingapura e Arábia Saudita. Outras duas regiões — Hong Kong e Macau — também confirmaram pacientes com a doença.
No Brasil, não há nenhum caso suspeito. A afirmação foi feita mais cedo pelo secretário substituto da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Julio Croda.
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