‘Ambiente escolar não é um fator preponderante na pandemia’, diz OMS

A organização salientou que as escolas devem aplicar as mesmas medidas gerais de higiene e distância social, mas dependendo da fase da epidemia em que a comunidade se encontra, ‘medidas adicionais’ devem ser implementadas

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2020 11h13
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO No Brasil, as escolas estão fechadas desde março

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira, 27, que as escolas não desempenham um papel central na transmissão do novo coronavírus, embora a sua capacidade de propagação também esteja ligada ao nível de contágio que existente em uma comunidade. “Até agora, sabemos que o ambiente escolar não é um fator preponderante na pandemia. Mas há cada vez mais publicações que reforçam as evidências de que as crianças têm um papel na transmissão, embora mais vinculadas a encontros sociais”, alertou o diretor-regional da OMS para a Europa, Hans Kluge.

A organização salientou que as escolas devem aplicar as mesmas medidas gerais de higiene e distância social, mas dependendo da fase da epidemia em que a comunidade se encontra, “medidas adicionais” devem ser implementadas. “O que sabemos é que não podemos abrir sociedades sem primeiro abrir escolas. Esta foi a maior ruptura na história da educação, com 1,6 bilhão de crianças afetadas em 190 países”, lembrou. Dos 55 países que fazem parte da região europeia da OMS, 32 registraram 40 dias consecutivos com aumento de infecções de mais de 10%, mas longe da situação vivida no mês de março. “Agora que sabemos mais sobre o que funciona, é possível gerir melhor a transmissão do vírus na sociedade. A palavra-chave é vigilância”, afirmou o diretor.

A região também vive um momento de complicado de transição devido à coincidência de três eventos: a reabertura das escolas, a temporada de gripe e o excesso de mortalidade de idosos que costuma ocorrer no inverno. Kluge também alertou os jovens, responsáveis pela maioria das infecções registradas nas últimas semanas, contra a crença de que o vírus não os afetará e lembrou que “ninguém é invencível” e que a Covid-19 é “como um tornado”, finalizou.

*Com informações da Agência EFE

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