OMS: indígenas estão particularmente vulneráveis à Covid-19

Recentemente, ao menos seis casos da doença foram registrados entre o povo nahua na Amazônia peruana, observou Tedros; o diretor da OMS pede que as nações rastreiem contatos para conter a propagação do vírus

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2020 08h25
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EFE/EPA/SALVATORE DI NOLFI O diretor-geral da OMS Tedros Adhanom diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que em 6 de julho havia mais de 70 mil casos contabilizados da doença entre povos indígenas nas Américas, com mais de duas mil mortes

As comunidades indígenas, que somam meio milhão de pessoas em todo o mundo, estão particularmente vulneráveis à pandemia da Covid-19 devido às condições de vida precárias, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na segunda-feira (20). O diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que em 6 de julho havia mais de 70 mil casos contabilizados da doença entre povos indígenas nas Américas, com mais de duas mil mortes. “Os povos indígenas costumam ter alto nível de pobreza, desemprego, desnutrição e doenças transmissíveis e não transmissíveis, tornando-os mais vulneráveis à Covid-19 e seus graves resultados. A OMS está profundamente preocupada com o impacto do vírus nos povos indígenas das Américas, que continuam sendo o epicentro atual da pandemia”, disse ele, em entrevista virtual na sede da agência da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra.

Recentemente, pelo menos seis casos foram registrados entre o povo nahua na Amazônia peruana, observou Tedros. Ele pediu às nações que tomem todas as precauções de saúde necessárias, com ênfase especial no rastreio de contatos, para conter a propagação da Covid-19. “Não podemos esperar uma vacina. Temos que salvar vidas agora”, disse. Ao todo, as infecções pelo coronavírus alcançaram mais de 14,7 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, com 610.560 mortes registradas até o momento.

Vacina

A OMS comemorou a notícia de que a vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford se mostrou segura e produziu resposta imunológica em testes clínicos iniciais. A vacina, chamada AZD1222, não provocou efeitos colaterais graves e gerou respostas imunes a anticorpos e células T, de acordo com os resultados do estudo publicado na revista médica The Lancet. “Parabenizamos nossos colegas pelo progresso que fizeram”, disse Mike Ryan, chefe de Emergências da OMS, no mesmo briefing online. “Esse é um resultado positivo, mas há um longo caminho a percorrer. Agora precisamos passar para testes em larga escala.”

*Com informações da Agência Brasil

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