ONU denuncia detenções e desaparecimentos forçados na Ucrânia
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos reuniu informações sobre o desaparecimento forçado e detenção de 22 ucranianos
A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou nesta sexta-feira, 25, que dezenas de funcionários, jornalistas e ativistas ucranianos foram detidos arbitrariamente por forças russas. Em pouco mais de um mês desde a invasão, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos reuniu informações sobre o desaparecimento forçado e detenção de 22 ucranianos. Destes, 13 foram soltos. O caso mais famoso é o de Ivan Fedorov, prefeito da cidade de Melitopol, no sudeste da Ucrânia. Segundo as autoridades ucranianas, ele foi sequestrado pelas forças russas e detido por vários dias.
“Isso parece ser um ‘modus operandi’ nas zonas ocupadas pela Rússia”, afirmou Matilda Bogner, representante do ACNUDH na Ucrânia. “Em alguns casos, parece ser uma forma de tomada de reféns”, reforçou, acrescentando que os familiares não foram informados sobre o local para onde os prisioneiros eram levados. Ela também destacou a prisão de 15 jornalistas e ativistas que se opuseram firmemente à invasão em várias partes do país. “Parece que os alvos são militantes pró-ucranianos, ou que são percebidos como pró-ucranianos pelas forças russas”, completou.
*Com informações da AFP
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