Em discurso na ONU, Papa Francisco cita ‘perigosa situação da Amazônia’
Em sua aparição, o líder da Igreja Católica afirmou que a crise ambiental está ligada à social
O papa Francisco falou que a Amazônia está em uma “situação perigosa” durante o seu discurso na 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira, 25. Em sua aparição, o líder da Igreja Católica afirmou que a crise ambiental está ligada à social. “Eu penso na perigosa situação da Amazônia e dos povos indígenas que vivem lá. Isso nos lembra que a crise ambiental é intimamente ligada à crise social e que o cuidado com o ambiente exige uma abordagem abrangente para lidar com a pobreza e combater a exclusão”, comentou o pontífice, na assembleia que foi realizada virtualmente por causa da pandemia da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
Em fala comovente, o papa também recordou o seu discurso de 2015. “Foi um momento de grande esperança e promessa para a comunidade internacional, às vésperas da adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Alguns meses depois, o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas também foi adotado”. O papa Francisco, no entanto, criticou a comunidade internacional por não conseguir aplicar os compromissos acordados. “Nós precisamos ser honestos e admitir que, embora alguns progressos tenham sido feitos, a comunidade internacional não foi realmente capaz de cumprir as promessas feitas cinco anos atrás”, continuou.
Por fim, o papa também pediu mais união entre as nações para o combate à Covid-19. “Nosso mundo, carregado de males, precisa que as Nações Unidas se tornem um vetor internacional de paz cada vez mais eficaz. Isso significa que os membros do Conselho de Segurança, especialmente os membros permanentes, devem agir com mais unidade e determinação. Você nunca sai de uma crise como antes: ou sai melhor ou pior. A crise relacionada à pandemia de Covid-19 nos mostrou que não podemos viver uns sem os outros. As Nações Unidas foram criadas para unir as nações, para representar uma ponte entre os povos. Façamos um bom uso desta instituição”, falou.
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